Nesta semana o calendário do futebol brasileiro entrou em pauta. Principalmente pelo manifesto dos atletas que reclamam, com justiça, dos vários jogos pelo Brasileirão domingo e quarta, o que acarreta uma queda drástica na qualidade do torneio. Reclamação, que passa pelas várias datas dedicadas aos estaduais, em 2014 começarão no dia 12 de janeiro até 13 de abril, com 21 datas dedicadas.
Então, como solucionar o problema do excesso de jogos sem qualidade nos Estaduais, de forma que estes não sejam extintos, e manter estes torneios, mas com uma fórmula mais curta e que sobre tempo de preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro, seja pela Série A, B, C ou D? Vale destacar que no mesmo período dos Estaduais acontecerá a Copa do Nordeste, o que implica em uma variável considerável para os torneios da região.
Além disso, as Séries A, B e C começam em abril, mesmo mês do fim dos Estaduais. A Série D com início em julho é a única que terá bola rolando somente após a Copa do Mundo. Considerando todos esses fatores, então como adequar o calendário do futebol maranhense, para dar tempo de preparação para o Sampaio (considerando que este permaneça na Série C) e para o representante maranhense na Série D?
Para elaborar essa proposta considerei a utilização de 11 datas propostas pelo Paulo Vinícius Coelho (ESPN) em seu blog. Nas duas últimas edições do Campeonato Maranhense o Sampaio foi campeão com 26 jogos e o Maranhão com 24 jogos. Números que já extrapolam o calendário da CBF. Como o Campeonato Maranhense conta com 10 equipes, este poderia ser disputado em turno único e com dois grupos de cinco.
Na fase de grupos, jogos duas vezes por semana (ex: domingo e quarta), nas semifinais e final (ambos ida e volta) somente aos domingos. Neste modelo seria necessário basicamente dois meses para a competição. Considerando o início no dia 12 de janeiro, no dia 12 de março já teria terminado, definindo o representante do Estado para a Série D e deixando 45 dias para o Sampaio se preparar para a Série C, período em que as duas equipes poderiam fazer amistosos com outros times, até de divisões superiores e estudar melhor o mercado.
Vale lembrar que em 2013, tanto o Sampaio e Maranhão, iniciaram a disputa, respectivamente, das Séries C e D, enquanto jogavam a final do segundo turno do Campeonato Maranhense. O Sampaio conseguiu conciliar no início, mas o MAC teve resultados que foram cruciais para a eliminação da equipe no torneio.
Mas e os times que não disputarão a Série D? Vão ficar parados até o início da Copa Cidade? Aqui a segunda parte. Como a Copa Cidade contempla o campeão com a vaga na Copa do Brasil e já em 2013 será disputada apenas pelos seis melhores do Estadual, além dos dois times que conquistaram o acesso na Série B Maranhense, em 2014 os critérios seriam alterados.
Enquanto as Séries C e D rolam, as demais oito equipes jogam um torneio eliminatório entre si. Dois grupos de quatro, ida e volta, jogos somente uma vez na semana. Cada time faz seis jogos em 1,5 mês. Os dois, ou três, melhores de cada grupo, garantem a vaga na Copa Cidade, onde se juntam aos times que subiram, além de Sampaio e o time que jogou a Série D.
A Copa Cidade, que conta com turno e returno, pode ter sua formula mantida. Começa em setembro e encerra o calendário do futebol maranhense. A proposta é viável. Entretanto, vale lembrar a mania nada saudável de o futebol maranhense não se adequar a realidade nacional. Espero que os rumos mudem, pelo bem dos clubes e por dias melhores para o futebol local a nível nacional.
