Rodrigo Ramos comemora marca de 200 jogos pelo Sampaio e se diz surpreso com a torcida

Rodrigo chega à histórica marca dos 200 jogos

O maior ídolo do Sampaio, do atual elenco, o goleiro Rodrigo Ramos, completará a marca de 200 jogos diante do Cordino, na quinta-feira (16). O blog fez uma entrevista com o goleiro, onde fala sobre aposentadoria, torcida, a sua quase ida para a Bahia e também o rebaixamento para a Série D, além da tentativa de recolocar o Tricolor na Série C.

Natural de Minuaçu, o goleiro carrega o peso de três títulos maranhenses, sendo um pelo Imperatriz e dois pelo Sampaio. Chegou ao futebol maranhense em 2005, se firmou no Cavalo de Aço em duas temporadas e teve uma breve passagem pelo Treze, antes de chegar ao Tricolor em 2008.

Nesse período de quatro anos pelo Sampaio, Rodrigo Ramos chega à histórica marca de 200 jogos, e quer mais. Mas antes de novas marcas pessoais, fala em recolocar o time na Série C.

Blog - Esse número de jogos, o que significa pra você?

Rodrigo Ramos - Atingir um número desses nos tempos de hoje é difícil e manter uma regularidade nesses quatro anos também não é fácil. Só consegui chegar a esse numero com muito trabalho e dedicação.

B - Após os 200 jogos, espera ampliar esse número?

RR - Com certeza. Estou bem, me cuido muito bem, trabalho muito e nunca tive nenhuma contusão grave. Quero jogar por mais uns quatro a cinco anos.

B - Se aposenta no Sampaio?

RR - É cedo pra falar em aposentadoria, só de pensar nisso perco o sono. Como te falei, enquanto estiver bem e motivado pra jogar e treinar vou continuar na batalha. O Sampaio vem me dando todas as condições de trabalho e se eles não enjoarem da minha cara, fico por aqui mais um bom tempo.

B - Nesses quatro anos, você se tornou ídolo, mas esteve no time que caiu para a Série D. Como é a cobrança para subir o time?

RR - Isso é outra coisa que tem me tirado o sono. Acho que ficamos muito próximos de voltar à Série C nos anos de 2010 e 2011. Esse ano não podemos errar em nada, nenhum detalhe. Aqui no Sampaio todos sabem que para continuarmos aqui no clube, temos que subir esse ano de qualquer jeito.

B - Desses anos todos, qual o momento que mais lhe marcou no Sampaio?

RR - 2008 foi um ano especial, quando cheguei aqui havia a desconfiança, se eu iria conseguir repetir as boas atuações que fiz pelo Imperatriz. Aqui no Sampaio, o presidente Sérgio Frota apostou alto (na época pagou 10 mil pelo empréstimo) e logo no primeiro jogo no Campeonato Maranhense, em Chapadinha, fui o melhor em campo. De lá pra cá, sempre busquei manter a regularidade. Os anos de 2010 e 2011 foram especiais também, por termos tirado o Sampaio de uma longa fila de espera no Estadual, chegamos ao bi maranhense e tudo isso marcou muito.

B - Você disse que quer seguir no time, enquanto lhe derem condições. No início desse ano você quase acertou com o Bahia de Feira, mas optou pela permanência. O que mais pesou para essa decisão?

RR - A proposta do Bahia de Feira era muito boa, mas confesso que as manifestações da torcida do Sampaio para minha permanência pesaram muito. Fiquei assustado e ao mesmo tempo feliz pelo que eles fizeram. Também pesou o fato da minha família já estar habituada aqui em São Luís, e é claro, o esforço do presidente Sérgio Frota em tentar me manter por aqui. A vontade de voltar com o Sampaio para uma divisão maior também foi fator preponderante pra minha permanência.