quinta-feira, 26 de abril de 2012

Na Champions das surpresas, nada como uma final “surpreendente”

O futebol é uma caixinha de surpresas. Esse talvez seja um dos clichês mais batidos do mundo do futebol, mas nada se encaixa melhor do que este para explicar o que aconteceu na Champions League 2011-12. Gigantes e favoritos caindo na primeira fase, zebras históricas e o que poderia ser o jogo do século, adiado por causa de dois “intrusos”.

Vamos recordar a primeira fase da Champions, onde gigantes ficaram pelo caminho, em grupos teoricamente fáceis. Como não citar o Manchester United, que foi eliminado na primeira fase, com uma derrota para o Basel na última rodada e a segunda vaga do grupo ficaria justamente com os suíços.

Outra decepção, os alemães do Borussia Dortmund, que terminou em último no grupo que contava com Arsenal, Olympique de Marseille e Olympiacos. Ainda na linha das decepções, mas fazendo ressalvas, o poderoso Manchester City, que também caiu na primeira fase, mas em um grupo que contou com Napoli e o finalista Bayern de Munique.

No campo das boas surpresas, não há como não citar o histórico Apoel, com a melhor campanha de um time cipriota na competição. Ao se classificar em primeiro, no grupo que contava com Zenit, Porto e Shaktar, os cipriotas iriam até as quartas de final, onde teriam a histórica campanha encerrada.

Chegando às oitavas de final, as surpresas continuam. Primeiramente com o Apoel passando pelo Lyon, após a disputa nos pênaltis. Depois, o Chelsea, na época em crise, conseguiria reverter um 3 a 1 do Napoli, fazendo 4 a 1 no Stamford Bridge e avançando às quartas.

Os dois históricos jogos entre Milan e Arsenal. No primeiro 4 a 0 para os milaneses e no segundo o 3 a 0 para os ingleses, que quase levam a disputa da vaga para os pênaltis. Naquela altura do campeonato, o Barcelona seguia na crista da onda, mas ninguém poderia esperar a goleada de 7 a 1 diante do Bayern Leverkusen no jogo de volta.

Uma das grandes decepções das oitavas, sem dúvida foi a Inter de Milão, que já não fazia uma boa temporada e foi eliminado pelo Marseille. Nas quartas de final, nenhuma surpresa, a não ser os gols do Apoel diante do Real Madrid e a ajuda da arbitragem ao Barcelona no segundo jogo contra o Milan. Mas aí vieram as semifinais.

Barcelona e Real Madrid talvez já se preparassem para o confronto épico em Munique. Mas antes, tinham Chelsea e Bayern de Munique, respectivamente, em seus caminhos. Até as semifinais, inúmeras surpresas ocorreram e porque a final não poderia ser algo “inesperado”.

O Barcelona chegava como franco favorito para encarar o Chelsea, já em recuperação sob o comando de Di Matteo. Mas os espanhóis não passaram pelo muro azul. Na outra semifinal, talvez um maior equilíbrio, mas o Real Madrid ainda com uma ponta de favoritismo. Mas os merengues pararam nos bávaros.

E agora uma final “surpreendente” entre Chelsea e Bayern de Munique no dia 19 de maio no Alliazn Arena, em Munique. De um lado teremos um tetracampeão, enquanto que do outro um time que nunca conquistou a Champions League.

Enfim, nada mais justo para uma competição recheada de surpresas, que a final acabe sendo “surpreendente”. Todos esperavam a decisão espanhola, mas o futebol é isso, imprevisível. E assim como a vida, o futebol é uma caixinha de surpresas.