domingo, 29 de março de 2015

Entre altos e baixos, Moto se classifica no Maranhense

Wanderley e Kléo são artilheiros do Moto na temporada com quatro gols
A rotina no Moto é um drama sem fim. Assim como acontece com os seus problemas fora de campo, a capacidade do Rubro-Negro, hora é superestimada, hora é subestimada. 8 ou 80. Entretanto, em uma análise fria, desde o início do Campeonato Maranhense, era possível esperar a classificação do time para as semifinais, mesmo com os sustos no decorrer do torneio.

Um início instável na competição, quando o time ainda buscava a formação ideal sob o comando de Eugênio Souza. Acostumado a trabalhar em outro patamar e com jogadores, com uma base salarial superior à realidade do Moto, o técnico mineiro não conseguiu emplacar o estilo de jogo, que fez sucesso no Tombense, e permaneceu apenas seis jogos no cargo.

Chegou Filinto Holanda com a árdua missão de recuperar o time no Campeonato Maranhense e realizar campanhas competitivas na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil. Na estreia, de fato, diante do Boa Esporte, empate em 1 a 1 no Castelão, forçando a necessidade do jogo de volta pela Copa do Brasil. Na Copa do Nordeste, apesar da eliminação, o Rubro-Negro conseguiu chegar na última rodada ainda sonhando com a remota chance de classificação para a segunda fase.

De volta ao Campeonato Maranhense, apesar das baixas por causa de lesões, principalmente no setor ofensivo com Felipe Costa, Naoh (artilheiro do time na temporada ao lado de Kléo e Wanderley, com quatro gols) e Pedro Gusmão, o Rubro-Negro conseguiu crescer no torneio. Vitórias contra o Expressinho e o São José e um empate diante do Santa Quitéria, antes da goleada sobre o Balsas, que selou a classificação para as semifinais.

Filinto é o tipo de técnico que chega e consegue resultados imediatos. O perfil necessário para o Moto, no momento. Entretanto, também terá que saber trabalhar a longo prazo para manter a crescente do time. O aspecto mais importante foi a classificação antecipada para as semifinais, tirando a pressão do Rubro-Negro para o Superclássico, diante do Sampaio.

Vale destacar que no Maranhense, Eugênio comandou o Rubro-Negro em apenas três jogos, conquistando uma vitória, um empate e sofrendo uma derrota, a única do time no Estadual. Após a troca de treinadores o Moto está invicto no torneio com três vitórias e um empate, um aproveitamento de 83,3% e que levaram o time ao primeiro lugar sob o comando de Filinto Holanda. Aqui é necessário um parênteses, já que vale ressaltar, que apesar do trabalho irregular no Papão, Eugênio tentava mudar a mentalidade do time e implantar um novo estilo de jogo, o que não iria acontecer da noite para o dia. Neste aspecto, a necessidade dos resultados imediatos, pesou contra o técnico campeão da Série D de 2014.

Agora é hora do Moto também tentar encontrar o equilíbrio. Assim como muitas das críticas ao clube se dividem em extremos, acontece com os cenários dentro e fora de campo. Nas quatro linhas, um time regular e fazendo jogos dignos, enquanto nos bastidores, atrasos salariais e discordância entre os colaboradores dominam as atenções.