sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Sampaio x Moto: primeiras impressões de 2015

Em ritmo de pré-temporada, com 35 minutos mais corridos e o restante do jogo praticamente no nível de um coletivo, o Sampaio venceu o Moto por 2 a 1. O amistoso desta quinta-feira serviu para mostrar um pouco dos elencos para a temporada e fazer algumas análises iniciais sobre as duas equipes.

Vale destacar logo a nova postura dos dois times. Ambos no 4-2-3-1, com a diferença que o Moto ainda conta com alguém fazendo função do típico centroavante, mais isolado na frente, mas em algumas ocasiões buscando o jogo pelos lados, enquanto no Sampaio, o centroavante tem mais mobilidade, voltando ao meio-campo e deixando espaço até para os pontas aparecerem como elemento surpresa.

- O primeiro destaque fica por conta da boa atuação de Gil Mineiro, autor do segundo gol Tricolor. Atuando como meia-direito, o jogador foi o melhor em campo e, com a liberdade que tinha por causa da subida dos laterais do Rubro-Negro, teve espaço e tempo suficiente para mostrar que será um jogador útil durante a temporada.

- Ainda no Sampaio, destaque para essa movimentação com Raí e Gil Mineiro abertos nas pontas, apesar de serem laterais de origem. Com isso, Canindé também consegue fazer um revezamento em algumas ocasiões, deixando que Gil inverta com Daniel Damião e Raí com Willian Simões.

- As duas equipes trabalharam variações para o 4-1-4-1. No Sampaio esse trabalho aconteceu mais no segundo tempo, quando Cleitinho entrou na vaga de Curuca. Com Robert na frente, Raí, Válber, Cleitinho e Gil Mineiro formavam uma linha de quatro no meio, com o suporte de Simplício como volante.

- No Moto, Bruno Chocolante mostrou disposição para enfrentar a defesa adversária, mas pecou nas concluões dos lances. Provavelmente a briga pela camisa 9 se intensificará com a chegada de Pedro Gusmão, que tem boas chances de assumir a titularidade.

- Com uma filosofia totalmente nova, o Moto ainda não se adaptou ao estilo de jogo pedido por Eugênio Souza. No primeiro tempo o time tentou muitas ligações diretas, o que foi evitado na etapa final. Além disso, apesar de tentar manter a posse de bola, o time pouco criou, já que não sabia o que fazer quando estava com ela sob controle.

- Outro detalhe que chamou a atenção foi a displicência nas laterais. Wanderley e Diego Renan contaram com liberdade para apoiar o ataque, mas seus setores não eram recompostos. Logo, duas avenidas apareceram, que foram amplamente exploradas pelo Sampaio, tanto que foram com jogadas pelas laterais que o Tricolor chegou ao gol do rival.