segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sampaio empolga e Moto precisa de tempo

Fim de Supercopa Maranhão e dois jogos que serviram para avaliar a preparação de Moto e Sampaio para a temporada de 2015. O Tricolor, apesar do processo de reformulação, mostrou um futebol promissor, o que se deve ao técnico Oliveira Canindé, enquanto o Rubro-Negro, que passa pela mesma situação, demonstra ainda precisar de tempo para que Eugênio Souza consiga engrenar o time.

As duas equipes são escaladas no 4-2-3-1. No Sampaio, algo que já não é tão novo, segue mantido: o centroavante móvel. Robert busca o jogo, não necessariamente porque a bola não chega nele, mas para criar espaços. Sempre que o atacante deixa a área adversária surge espaço para a chegada de outros jogadores e quem tem aproveitado essa oportunidade é Gil Mineiro.

O polivalente jogador de 24 anos já é um dos destaques do Tricolor, por conta da grande movimentação e se apresentando em toda a faixa central do campo. Além disso, Gil também explora esses espaços que surgem, tanto que assim fez um dos gols do Sampaio na vitória contra o Moto.

Pelo que apresentou no início da temporada, as jogadas pelas laterais devem ser o ponto forte dessa equipe Tricolor. Com Gil Mineiro e Raí, que são laterais originalmente, mas jogando como meias pelos lados, e também invertendo com Daniel e Willian, a equipe consegue explorar os espaços que surgem nos flancos do campo.

Quando esses espaços são negados, geralmente a aposta passa para as bolas longas, na tentativa de Válber ou Robert acertarem um contra-ataque.

Enquanto isso, no Moto, a equipe demonstra que será necessário paciência para render o esperado pelo técnico Eugênio Souza. Diante do Vitória, o time realizou um jogo mais equilibrado, conseguindo fechar os espaços deixados pelos laterais quando subiam ao ataque, o que não aconteceu diante do Sampaio.

Ofensivamente o time ainda apresenta lentidão e falta de precisão nas conclusões das jogadas. Neste aspecto a melhora deve ocorrer inclusive com a volta de jogadores ao time, como Henrique e Pedro Gusmão, que estão lesionados e estrearão apenas no Estadual.

Entre os aspectos negativos, apesar dos volantes conseguirem minimizar os espaços deixados pelas subidas dos laterais, os adversários ainda conseguem pressionar pelo setor.

O certo é que as duas equipes, sob nova direção e em um processo de reformulação, mostram que podem render bem em 2015, principalmente pelo mérito de seus treinadores. Agora vem o Campeonato Maranhense e a Copa do Nordeste, onde não haverá espaço para erros, principalmente se quiserem ambicionar o título regional.