segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O intransponível Guarani de Pugliese

Pugliese: 'O objetivo é classificar'
Já são 10 jogos sem sofrer gols, único invicto da Série C, quatro vitórias por 1 a 0 e apenas uma por 2 a 0. Esse é o Guarani sob o comando do técnico Tarcisio Pugliese, que caminha como um dos favoritos para carimbar a vaga na Série B de 2014. Entretanto, qual o segredo desse time, que adotou a prática do “futebol resultado” e faz uma excelente campanha na Série C?

Pugliese, típico treinador gaúcho, já deixou claro que gosta de se defender. Os números mostram isso. Para isso, um time armado no 4-4-2, sem a bola, que alterna para o 4-2-3-1 quando o bugre vai para o ataque. Os volantes Edmilson e Wanderson Cafu não sobem, enquanto que Rossini e Ewerton sobem para o ataque, junto com os laterais, que dão um apoio maior na intermediária.

Atacando, o Guarani joga no 4-2-3-1 com Rossini apoiando na esquerda e Feijão avançando pela direita
Fumagalli é o responsável pela articulação do ataque, aparecendo como falso 9 e sempre caindo pelas pontas. Entretanto, o ataque é um dos pontos fracos da equipe campineira. Tanto Henan, quanto Nena, que revezam a camisa 9, são lentos e o Guarani cria as melhores chances com cruzamentos e nas bolas paradas, onde quem sempre vai para a cobrança é Fumagalli.

Sem a bola, o Guarani se defende com duas linhas de quatro e tenta contra golpes principalmente pela direita
Se o ataque não funciona, voltamos ao coração deste time, a defesa. Quando está sem a bola o Guarani fica desenhado com duas linhas de quatro que encurtam os espaços e dificilmente os adversários saem no mano a mano. Quando necessário, o goleiro Juliano, de apenas 24 anos e que já está há 900 minutos sem sofrer gols, faz sua parte.

Flagrante das duas linhas de quatro contra o Madureira
Entretanto, a defesa do Guarani também possui seus pontos fracos. Bola aérea e velocidade. Em bolas alçadas na área não é difícil o centroavante adversário levar vantagem e quando o time fica exposto ao contra ataque, um atacante com maior velocidade pode levar sérios perigos ao gol de Juliano.

Apesar disso, até aqui o esquema de Pugliese tem funcionado no Guarani, que também abdica da posse de bola para tentar transições rápidas para o ataque, mas falta qualidade para isso ser de fato uma virtude do Bugre. E assim, sem sofrer gols e jogando por apenas um bola jogo a jogo, é que o time de Campinas lidera o grupo B com 20 pontos, a melhor defesa do torneio e o terceiro pior ataque, com apenas seis gols marcados.

MAC é o primeiro time a tirar pontos do Salgueiro em casa

No último jogo do Salgueiro em casa, pela fase de classificação da Série D, o Maranhão arrancou um empate, em pleno Cornélio de Barros. Resultado inédito no torneio e que volta aquela velha pergunta: o que houve com o MAC na Série D? O campeão maranhense fez bons jogos nas três primeiras partidas, mas não venceu e depois viu as chances de classificação zeradas.

Sem possibilidades de avançar o técnico Vinícius Saldanha resolveu dar oportunidade a quem não estava sendo aproveitado e um resultado, bem interessante foi conquistado. Empatar com o Salgueiro, que está nas oitavas de final da Copa do Brasil, em casa, não é algo que toda equipe consegue, mas o MAC conseguiu. Ainda assim é pouco. Pouco porque o time atleticano poderia brigar pela classificação, mas acordou tarde demais para a Série D.

Outro fator a ser observado no jogo contra o Salgueiro é a boa atuação do goleiro Jade. Foram pelo menos duas defesas difíceis que ajudaram o time atleticano a conquistar o empate. Será que somente após a eliminação o quadricolor conseguiu encontrar o goleiro ideal?

Agora o Maranhão tem pela frente o Gurupi para se despedir da fase de classificação da Série D. Os tocantinenses que já estão garantidos nas oitavas de final. Enquanto isso, o MAC se despede da Série D e terá um longo mês para se preparar para a disputa da Copa Cidade.