segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Superclássico dos ataques

Moto x Sampaio voltam a marcar presença em uma decisão

Moto x Sampaio. Superclássico. Decisão de turno, mas é decisão. Todos os elementos para dois bons jogos no encerramento do primeiro turno do Campeonato Maranhense. E as duas equipes que de fato mereceram chegar até aqui.

O Sampaio chega como o grande favorito e o único invicto no Campeonato Maranhense até aqui. A equipe que começou o Estadual em marcha lenta, aos poucos mostrou sua evolução e confirmou sua superioridade em relação aos demais times locais. Assim, os comandados de Flávio Araújo venceram cinco jogos e empataram um, com 13 gols marcados e apenas três sofridos.

O Moto, apesar da tradição, aparece no Estadual como uma das surpresas, após montar o elenco em apenas 15 dias, sob o comando de Edson Porto. Mesmo com as dificuldades apresentadas, o rubro-negro terminou a fase de classificação como líder de sua chave, e de forma dramática passou pelo Santa Quitéria na semifinal. Comandado por Henrique, artilheiro do Estadual com quatro gols, o rubro-negro tem o segundo melhor ataque com 12 gols marcados e sofreu oito gols. Além disso, foram quatro vitórias e duas derrotas em seus seis jogos no Maranhense.

Como os números mostram será o duelo de dois times bastante ofensivos e com diferenças na hora de atacar. As duas equipes geralmente são armadas no 4-2-3-1, com variação para o 3-4-3, contando com o avanço simultâneo dos laterais e mais um volante para apoiar o ataque. No caso do Moto, Pierre avança, e no Sampaio essa missão fica com Arlindo Maracanã.

Tote e Kléo são as esperanças de seus times na bola parada
Apesar das sememelhanças na forma de jogar, os pontos fortes no ataque são diferentes. O Sampaio tem na bola aérea sua grande jogada, mas vem tentando voltar a criar chances de gols com infiltrações na área adversária como foi contra o Araioses. Prova disso é que dos 13 gols marcados pelo Tricolor, cinco saíram após cruzamentos de fora da área, um foi de falta, três com chutes de fora da área e apenas quatro ocorreram após bolas trabalhadas e com invasão da área adversária, sendo dois de pênalti.

No Moto, a situação é justamente o contrário. O time de Edson Porto arrisca os cruzamentos, mas com pouca efetividade, enquanto obtém maior sucesso quando resolve trocar passes e aposta na agilidade de seus meias para invadir as áreas adversárias. Entretanto, falta ao rubro-negro tranquilidade para aproveitar melhor suas chances de gols.

Apesar das diferenças, outro ponto em comum no ataque das duas equipes é a qualidade na bola parada. Pelo Sampaio Tote, que já marcou um gol de falta, e do outro lado Kléo, também com um gol de falta na competição e cada um com outro gol de fora da área.

Se os ataques apresentam um equilíbrio nessa disputa, na defesa a situação é diferente. Rodrigo Ramos, Mimica e Paulo Sérgio fazem a diferença e prova disso é que o Tricolor tem a melhor defesa com apenas três gols sofridos. No Moto, o goleiro Ruan alterna bons e maus momentos dentro dos jogos, enquanto a zaga apresenta dificuldades para conter times que apresentem um jogador mais velocista e em algumas ocasiões falha na bola aérea.