domingo, 26 de abril de 2015

Sampaio 2x1 Imperatriz: Tricolor aproveita fragilidade do rival e inverte vantagem

Em um jogo que pode ser resumido com um Sampaio carente de precisão na frente e um Imperatriz que apostava nas bolas longas, o Tricolor levou a melhor na primeira final do Campeonato Maranhense. A vitória simples por 2 a 1 deixa o Tubarão a um empate do 33º título do Campeonato Maranhense, enquanto o Cavalo de Aço precisa vencer o jogo de volta para conquistar o seu segundo título Estadual na história.

A defesa do Imperatriz, que foi irregular durante todo o campeonato, novamente comprometeu. O gol da vitória Tricolor veio justamente na insistência da jogada aérea. Pelo lado do Sampaio, assim como faltou precisão na frente, o setor defensivo, por causa da falha no lance do gol imperatrizense, quase colocou em xeque o triunfo no Castelão. O duelo de volta deverá manter o equilíbrio, mas o Imperatriz precisará superar suas limitações para chegar ao título.

A partida começou com a escalação surpreendente de Robert e Rogério no Sampaio. Com estes dois jogadores, Canindé manteve o 4-4-2 tradicional, com Valber e Rogério no meio, enquanto Pimentinha tinha a habitual liberdade pela direita.

Sampaio sobrecarrega o jogo pela direita, principalmente com Pimentinha
O primeiro gol surge após uma falha da zaga do Imperatriz, que não consegue cortar uma jogada do Sampaio, Válber finaliza e Gualberto, na tentativa de tirar a bola, manda para dentro da própria rede. Para responder, o Imperatriz apostava na trinca ofensiva do meio-campo com Otávio na esquerda, Rubens centralizado e Valderrama pela direita, enquanto Chicão respondia pelo ataque.

Sem conseguir trocar passes e com a saída de bola lenta, a solução era a ligação direta. Foi assim, que a bola chegou para Junior Chicão, após a falha de Edvânio e Luiz Otávio, empatar o jogo rapidamente. O desenho do primeiro tempo foi com o Sampaio apostando na velocidade de Pimetinha, que não conseguia chegar com clareza na área do Imperatriz e alguns chutes de fora da área.

Rogério, totalmente apático no jogo, comprometeu a partida. Além de não dar opções no meio-campo, ainda perdeu a boa chance de marcar o segundo do Tricolor no primeiro tempo. No Imperatriz, como dito acima, a esperança era que o time chegasse em um bola longa, já que não tinha velocidade para sair com Valderrama, Otávio, ou os laterais pelo lado do campo.

Na volta para o segundo tempo, Canindé logo colocou Cleitinho no lugar de Rogério. No estilo de jogo, Válber passou a ficar mais centralizado, enquanto Cleitinho era quem tinha mobilidade pela extensão do campo. O Sampaio praticamente passou a atacar sozinho, mas sem efetividade e sempre lançando as bolas para Pimentinha tentar resolver. Robert, atuando sob restrições, pouco fez.

Cleitinho dá mobilidade ao meio-campo do Sampaio nos ataques
O Imperatriz conseguia conter os ataques Tricolores e chegou algumas poucas vezes com perigo nas bolas paradas, principalmente dos escanteios. Fora isso, o Cavalo de Aço tentava atacar com avanços de Valderrama, mas em vão.

A mudança que alterou o estilo do jogo foram as saídas de Válber e Pimentinha, para as entradas de Gil Mineiro e Edgar, deixando o Tricolor em um 4-3-1-2. Cleitinho passou a atuar centralizado, enquanto Gil Mineiro, como um dos volantes pela direita, mas sempre avançando para suprir o espaço deixado por Pimentinha. Apesar disso, nada de gols.

Gil aparece como opção na direita, mas a bola parada decide o jogo
Até que em uma cobrança de falta, a bola chegou para Edvânio que deu a vitória ao Sampaio. Méritos do Tricolor que soube explorar as fragilidades do Cavalo de Aço e inverter a vantagem na decisão, enquanto Saldanha terá trabalho para conseguir velocidade e solidificar o setor defensivo para o jogo de volta, se quiser conquistar o segundo titulo da história do Cavalo de Aço.