Apenas 24 pontos conquistados em 51 disputados, um aproveitamento de 46,3%. Assim foi a passagem de Lisca, durante três meses, no comando do Sampaio. Contratado em julho, após a saída de Flávio Araújo, o treinador gaúcho não resistiu após o empate diante do Náutico.
Empate foi a tônica da passagem de Lisca pelo Sampaio. Nos 18 jogos, foram 10 empates com o treinador no comando e apenas cinco vitórias e três derrotas. Mas não foram os empates que culminaram com a saída do técnico. O gênio explosivo de Lisca, que teve discussões ríspidas com alguns repórteres, aumentou a sua antipatia e a rejeição entre os torcedores.
O treinador ainda suportou até onde conseguiu, mas a pressão da torcida sobre o presidente Sérgio Frota, colaborou para a sua saída. Apesar do gênio explosivo, o trabalho de Lisca em campo pode ser avaliado como positivo.
O treinador conseguiu introduzir o conceito de compactação ao time do Sampaio. Um time que marca e nega espaços aos seus rivais. Adotou o 4-3-3 com falso 9, seja esta responsabilidade de Márcio Diogo, Cascata ou até Eloir.
Ainda com Eloir encontrou o uma solução, temporária, para a lateral-esquerda. Improvisou o meia no setor diante do Icasa e ABC e conquistou seis pontos importantes.
São pontos positivos de um bom trabalho em campo, que será esquecido por conta de outros aspectos. Agora, Saldanha assume o comando do Sampaio e terá apenas oito jogos pela frente na Série B. O Tricolor basicamente aceitou a permanência na Segundona, mas isso não amenizará a forma com que os resultados são exigidos, mesmo que em um curto espaço de tempo, por causa de nossa cultura imediatista.