quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Baixa a bola, Henrique

Henrique é o artilheiro do Moto / Foto: Biaman Prado
Titular absoluto do Moto, 20 anos e uma carreira promissora pela frente. Com dribles, velocidade e finalização, Henrique aparece como mais um talento maranhense no futebol. E qualidade tem demonstrado no Campeonato Maranhense de 2014, onde é artilheiro com cinco gols marcados. Além de qualidade, o jovem atacante também precisa ter a cabeça no lugar para não ficar fadado ao rótulo de "só joga no futebol maranhense" (vide Edgar).

Sempre efusivo em suas comemorações de gols, seja com seus companheiros de time ou com a torcida, Henrique ainda não sabe lidar com os fatos quando é contrariado. Exemplo disso,foi no jogo contra o Bacabal, na estreia do Moto no segundo turno. Displicente, Henrique tentou mais jogadas individuais do que buscando opções para chegar ao gol. Ao ser substiuído, demonstrou a irritação com o próprio treinador, passando direto pelo banco de reservas e indo para o vestiário logo em seguida.

Neste jogo especialmente, Henrique foi, de fato, o reflexo do Moto. Uma partida fácil, com chances para uma goleada, que terminou com uma vitória somente por 3 a 1 e o técnico Edson Porto soltou críticas ao time, mesmo com o resultado positivo.

Henrique é bom jogador e já mostrou isso, principalmente no segundo jogo contra o Sampaio, quando ousou mais, mesmo com a marcação do bom volante Jonas. Basta colocar um pouco a cabeça no lugar, que pode chegar mais alto do que muitos outros, que já foram apontados ao sucesso, mas ficaram fadados ao futebol maranhense.

Em tempo: desde que chegou ao Moto, em 2013, após uma passagem pelas categorias de base do Grêmio, Henrique disputou 18 jogos, marcou sete gols e realizou duas assistências.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Sampaio 2x2 Moto: título decidido no segundo tempo

Sampaio conquista o primeiro turno do Campeonato Maranhense
Com um novo empate o Sampaio garantiu o título do primeiro turno do Campeonato Maranhense. Título merecido, já que a equipe tricolor teve a melhor campanha de todo o primeiro turno, ainda não sabe o que é perder na temporada, venceu cinco jogos e empatou outros três, além de marcar 16 gols e sofrer seis.

Mas a conquista foi selada em 20 minutos de jogo. Os 20 primeiros minutos do segundo tempo fizeram a diferença par ao Sampaio diante do Moto. Com uma pressão avassaladora nos sete minutos, um pênalti anotado contra, mas desperdiçado pelo rival. Na sequência, 2 a 0 construído, os rubro-negros chegaram a empatar, mas sem fôlego para conseguir uma virada, o título foi tricolor.

Destaque para Tote, fundamental em seu apoio ofensivo, marcou o primeiro gol e é um dos artilheiros do Sampaio no ano, com três gols. Outro ponto positivo foi a estreia do atacante William, que também deixou sua marca. Pelo lado do Moto, apesar do vice-campeonato, o time foi surpreendente no primeiro turno, com apenas 10 dias de treinamento e chegando até a decisão, onde, em nenhum momento, chegou a ser um adversário totalmente inofensivo.

O primeiro tempo do jogo foi bastante equilibrado, com o Sampaio armado no 4-2-3-1, com destaque para Arlindo Maracanã, voltando a fazer o papel de lateral quando Tote era liberado para atacar, e avançando pela esquerda, com Gelvane ficando mais na marcação. Pelo lado do Moto, o técnico Edson Porto armou a equipe em um 3-5-2, com Pierre ficando como um zagueiro e Diego Renan mais defensivo pela direita.

Moto apostou em Felipe centralizado no 3-5-2, enquanto o Sampaio manteve o seu 4-2-3-1 na decisão
Na parte ofensiva do meio-campo, destaque para Kléo pela direita, Felipe centralizado e Jefferson Abreu sempre avançado para apoiar as ações ofensivas no meio. O ataque contava com Henrique e Gilson centralizados. Por conta da marcação individual de Jonas em Henrique, por boa parte do primeiro tempo, o Moto teve um amplo domínio do meio-campo e avançava com tranquilidade pelo setor.

O jogo foi equilibrado nos primeiros 45 minutos, com o Moto começando melhor, nos primeiros cinco minutos, mas rapidamente o Sampaio equilibrou as ações.

Na etapa final, o desenho das equipes se manteve, mas mudou a postura do Sampaio, com uma pressão bem maior. Eloir passou a encostar mais no ataque e foi fundamental para isso, formando o trio de meio com Edgar e Cleitinho que avançavam pelas pontas.

Em sete minutos, o tricolor fez uma blitz e por pouco não chegou ao gol. O Moto só teve uma chance aos oito minutos, após Jonas cometer pênalti em Henrique. Pierre errou a cobrança e basicamente mudou o rumo do jogo. Logo no lance seguinte, com Edgar caindo pela esquerda e vencendo a disputa de bola, o atacante tocou para Eloir, que rolou para Tote chutar e fazer o primeiro do jogo. Edgar novamente apareceu quando invadiu a área e tocou para William fazer 2 a 0 e praticamente decretar a vitória do Sampaio.

Ainda tinha jogo pela frente e o técnico Edson Porto decidiu mandar o Moto para cima. Ítalo e Vitor entraram com velocidade em campo. Inicialmente nehuma mudança no desenho da equipe, mas Ítalo achou boa tabela com Felipe e descontou para o rubro-negro. Com a entrada de Fernandão, o Moto passou para o 4-3-3, com Curuca recuando mais para apoiar a defesa, enquanto Diego Renan foi liberado para avançar mais pela direita. Apesar disso, foi pela esquerda que o Moto achou o empate. Ítalo tocando para Vitor, que mandou para o gol, e deixou tudo igual: 2x2. Ainda restavam cinco minutos, mas o Sampaio conseguiu segurar a vantagem e garantir o título.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Moto 1x1 Sampaio: jogo de poucas emoções e empate injusto

Sampaio foi melhor, mas ficou no empate com o Moto
Nem sempre o melhor sai com a vitória de campo. Basicamente assim pode ser resumido o empate em 1 a 1 entre Moto e Sampaio no primeiro jogo da final do turno do Campeonato Maranhense. Superior e com o controle de boa parte do jogo o Tricolor perdeu a chance de ampliar a vantagem na decisão do Estadual.

O Moto por sua vez apostou no contra ataque e soube reconhecer que precisava se defender. Assim, conseguiu manter a decisão em condições iguais para o jogo de volta, onde tudo poderá acontecer.

Nos 10 primeiros minutos de jogo o Sampaio fez uma blitz diante do Moto buscando o gol logo nos minutos iniciais. O 4-2-3-1/4-3-3 armado de Flávio Araújo contava com os avanços de Hiltinho pela direita e Edgar pela esquerda para tentar invadir a área rubro-negra. Chutes e mais chutes, mas todos sem direção e sem levar perigo ao goleiro Ruan.

O Moto estava acuado, principalmente por conta da marcação individual no garoto Henrique. O volante Jonas do Sampaio anulou perfeitamente o camisa 11 rubro-negro. Ciente das dificuldades e do poderio ofensivo do Sampaio, o Moto apostava em um contra ataque, já que entrou em campo em um 4-4-2/3-5-2, onde Pierre recuava para forma um trio defensivo com os zagueiros e os laterais, no ataque, avançavam como alas, com Henrique e Gilson na frente, enquanto Felipe e Kléo comandavam o meio-campo.

O gol do Sampaio parecia questão de tempo, tamanho o domínio do Tricolor, mas a pontaria dos atacantes não ajudava. Sem conseguir invadir a área, o time voltou para o velho jogo de bolas cruzadas e chutes de fora da área. Ruan e a zaga do Moto anularam bem estas jogadas.

O rubro-negro contou com um vacilo de Jonas, que deixou Henrique livre, quando Jefferson Abreu puxou o contra ataque e cruzou para o camisa 11 marcar o único gol do primeiro tempo.

Na etapa final, Flávio Araújo logo sacou Hiltinho e Cleitinho entrou no time. No Moto, Gilson já havia saído para a entrada de Victor, que deu mais mobilidade ao ataque. Taticamente, a novidade foi Jonas abandonando a marcação individual de Henrique, que pouco levava perigo para a defesa do Sampaio.

Nos minutos iniciais, nova pressão Tricolor, mas com os mesmos erros de finalização e o Moto, por alguns instantes, chegou a equilibrar o jogo. Mas o condicionamente físico fez a diferença. Logo o Sampaio voltou a acuar o Moto em seu campo defensivo, mas sem conseguir invadir a área rubro-negra, graças ao bom jogo do trio Fernando, Pierre e Luis Fernando. O jeito era arriscar de longe.

Assim como no primeiro tempo, muitas bolas para fora. Até que Arlindo Maracanã teve a chance, chutou rasteiro no canto e empatou o jogo. A partida estava decidida. O empate no placar e tudo ficou para ser decidido no domingo.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O Superclássico dos ataques

Moto x Sampaio voltam a marcar presença em uma decisão

Moto x Sampaio. Superclássico. Decisão de turno, mas é decisão. Todos os elementos para dois bons jogos no encerramento do primeiro turno do Campeonato Maranhense. E as duas equipes que de fato mereceram chegar até aqui.

O Sampaio chega como o grande favorito e o único invicto no Campeonato Maranhense até aqui. A equipe que começou o Estadual em marcha lenta, aos poucos mostrou sua evolução e confirmou sua superioridade em relação aos demais times locais. Assim, os comandados de Flávio Araújo venceram cinco jogos e empataram um, com 13 gols marcados e apenas três sofridos.

O Moto, apesar da tradição, aparece no Estadual como uma das surpresas, após montar o elenco em apenas 15 dias, sob o comando de Edson Porto. Mesmo com as dificuldades apresentadas, o rubro-negro terminou a fase de classificação como líder de sua chave, e de forma dramática passou pelo Santa Quitéria na semifinal. Comandado por Henrique, artilheiro do Estadual com quatro gols, o rubro-negro tem o segundo melhor ataque com 12 gols marcados e sofreu oito gols. Além disso, foram quatro vitórias e duas derrotas em seus seis jogos no Maranhense.

Como os números mostram será o duelo de dois times bastante ofensivos e com diferenças na hora de atacar. As duas equipes geralmente são armadas no 4-2-3-1, com variação para o 3-4-3, contando com o avanço simultâneo dos laterais e mais um volante para apoiar o ataque. No caso do Moto, Pierre avança, e no Sampaio essa missão fica com Arlindo Maracanã.

Tote e Kléo são as esperanças de seus times na bola parada
Apesar das sememelhanças na forma de jogar, os pontos fortes no ataque são diferentes. O Sampaio tem na bola aérea sua grande jogada, mas vem tentando voltar a criar chances de gols com infiltrações na área adversária como foi contra o Araioses. Prova disso é que dos 13 gols marcados pelo Tricolor, cinco saíram após cruzamentos de fora da área, um foi de falta, três com chutes de fora da área e apenas quatro ocorreram após bolas trabalhadas e com invasão da área adversária, sendo dois de pênalti.

No Moto, a situação é justamente o contrário. O time de Edson Porto arrisca os cruzamentos, mas com pouca efetividade, enquanto obtém maior sucesso quando resolve trocar passes e aposta na agilidade de seus meias para invadir as áreas adversárias. Entretanto, falta ao rubro-negro tranquilidade para aproveitar melhor suas chances de gols.

Apesar das diferenças, outro ponto em comum no ataque das duas equipes é a qualidade na bola parada. Pelo Sampaio Tote, que já marcou um gol de falta, e do outro lado Kléo, também com um gol de falta na competição e cada um com outro gol de fora da área.

Se os ataques apresentam um equilíbrio nessa disputa, na defesa a situação é diferente. Rodrigo Ramos, Mimica e Paulo Sérgio fazem a diferença e prova disso é que o Tricolor tem a melhor defesa com apenas três gols sofridos. No Moto, o goleiro Ruan alterna bons e maus momentos dentro dos jogos, enquanto a zaga apresenta dificuldades para conter times que apresentem um jogador mais velocista e em algumas ocasiões falha na bola aérea.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Cinco promessas do Campeonato Maranhense de 2014

O Campeonato Maranhense vai chegando ao fim da fase de grupos do primeiro turno e algumas promessas já começam a ganhar destaque, mostrando que podem ser apontados como a revelação do Estadual. Neste quesito, cinco jogadores já se destacaram até aqui, principalmente no Imperatriz, que conta com dois na lista dos novos talentos do Campeonato Maranhense.

Danilo (Maranhão) - 19 anos
O jovem meia atleticano, com passagens pelo Primavera-SP, atualmente é o único atleta da base que entrou em campo na temporada de 2014 com o time profissional. Danilo fez sua estreia no cofronto contra o Bacabal, na segunda rodada, onde logo nos primeiros toques na bola, mostrou um diferencial, principalmente nos lançamentos longos.

Sávio (Santa Quitéria) - 19 anos
O garoto Sávio é um dos titulares do elenco da Raposa da Baixada e a grande aposta de Meinha para fazer uma boa campanha no Campeonato Maranhense. A aposta vem dando certo e o garoto já tem seu espaço cativo no elenco da única equipe com 100% de aproveitamento no turno do Campeonato Maranhense.

Macleison (Imperatriz) - 18 anos
Macleison chegou ao Cavalo de Aço após passagens pela base do Vasco e Olaria e no Campeonato Maranhense participa de sua primeira competição profissional. No Cavalo de Aço já atuou como lateral-esquerdo e também no meio-campo, além de já ter um gol no Estadual, logo na estreia, em uma cobrança perfeita de falta.

Ribamar (Imperatriz) - 18 anos
Assim como Macleison, mais uma aposta do alvirrubro comandado por Sandow Fecques. Ainda com alguns fundamentos a aperfeiçoar, Ribamar é um meia mais ofensivo, que apoia o ataque e costuma aparecer como elemento surpresa contra as defesas adversárias.

Lucas (Balsas) - 18 anos
O lateral-esquerdo da equipe do Balsas tem seu ímpeto em apoiar o time ofensivamente, pecando na parte defensiva. Apesar disso, apresenta boas qualidades e pode ser aproveitado por clubes maranhenses, caso tenha uma evolução no aspecto defensivo dentro do Estadual.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Rayllan, pouco aproveitado e uma reserva injusta no Sampaio

Rayllan, líder em assistências em 2013
Rayllan, 24 anos, promessa em 2010, realidade em 2012 e com uma grande chance em 2013 vestindo a camisa do Sampaio. Mas o meia-atacante, pouco aproveitado no Sampaio, perde espaço e justamente quando deveria ser mais explorado pelo técnico Flávio Araújo.

Tecnicamente, Rayllan briga por uma vaga no time titular com Edgar, Edmilson, Henrique e Hiltinho. Jogadores com aproveitamento inferior ao do atacante, que além de se destacar pelos gols, aparece como um dos grandes criadores de chances de gols da equipe Tricolor.

Vale lembrar que Rayllan chegou ao Sampaio somente em julho, dois meses após o início da Série C. No torneio nacional, o atacante foi utilizado em apenas seis jogos e se destcou na decisão, diante do Santa Cruz, quando saiu do banco de reservas e deu o passe para Cleitinho marcar o gol para o Tricolor, mas não evitou a derrota por 2 a 1.

Se na Série C foram poucas chances, Rayllan soube aproveitar a oportunidade na Copa Cidade, onde o Sampaio priorizou a escalação de jogadores considerados reservas. O meia teve o melhor aproveitamento entre todos os atletas do Tricolor, sendo o terceiro artilheiro do time com quatro gols e o líder em assistências na competição, com um total de 10 passes para gols.

Aproveitamento superior ao de Edmilson, que ganhou destaque por marcar os dois gols contra o Maranhão na decisão e garantir o título ao Sampaio. Em um comparativo geral, a eficácia de Rayllan pode ser comparada com a de Edgar, que disputou um total de 41 jogos, marcou 12 gols e deu seis assistências. Vale destacar que Rayllan, pelo Sampaio, fez apenas 20 jogos em 2013.

Chegou o ano de 2014 e Rayllan inicialmente sequer foi relacionado entre os reservas no amistoso contra o Juventude-MA. No Campeonato Maranhense, Edgar, Henrique e Edmilson não tem sido tão efetivos, apesar de os dois primeiros já terem balançado as redes.

Nos dois últimos jogos em que Rayllan entrou, contra o Maranhão e Balsas, criou boas oportunidades de gols, o que os escolhidos de Flávio Araújo para serem titulares não estão conseguindo fazer. Outro destaque é que com a entrada de Rayllan o time deixa de ser extremamente dependente das jogadas de bola aérea. Vale destacar que todos os cinco gols marcados pelo Sampaio, todos começaram com um cruzamento, sendo quatro pela direita e um pela esquerda.

Rayllan aparece como opção para tabelas e pode infiltrar na área, ampliando o leque de jogadas. Mas par isso, precisa de sequência, mesmo que seja, ainda entrando somente no segundo tempo, mas logo será necessário colocá-lo entre os titulares.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O surpreendente, e esperado, Santa Quitéria no Campeonato Maranhense

Meinha comanda o surpreendente Santa Quitéria
Com três vitórias em três jogos, 100% de aproveitamento e a classificação com antecedência para as semifinais, o Santa Quitéria confirma a tendência de ser a grande surpresa do Campeonato Maranhense. Surpresa para alguns, porque quem já conhece Meinha, sabe da sua capacidade de realizar bons trabalhos, assim como foi no MAC campeão de 2007 e 2013.

Com o treinador de volta, um elenco competitivo foi montado apostando em bons jogadores do Estado e da região. Entre as caras novas, destaque para Ratinho, o responsável pela velocidade no meio-campo, junto com o garoto Sávio, de 19 anos, que geralmente entra no decorrer das partidas.

Os dois 1x0, contra Balsas e Bacabal, confirmam também outro aspecto dos times de Meinha, que desde o MAC deixou de ousar tanto no ataque. O treinador aprendeu a equilibrar em suas formações e, por isso, suas equipes vem marcando menos gols, mas ao mesmo tempo, deixando de sofrer gols.

O Santa Quitéria foi o primeiro time a confirmar a classificação para as semifinais e com a melhor campanha de todo o Campeonato Maranhense. Fato, que honra o trabalho de Meinha, injustamente demitido do Maranhão em 2013. Para fechar a campanha com surpresa com chave de ouro, é esperado um triunfo contra o Sampaio, último adversário da fase de grupos. E, como já foi mostrado, é bom não duvidar da capacidade da Raposa comandada por Meinha.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sampaio inicia o ano em ritmo lento e manjado pelos adversários

Somente as bolas aéreas não bastaram para o Sampaio vencer o MAC no primeiro clássico de 2014
Como esperado o Sampaio entrou no Campeonato Maranhense longe do 100% de rendimento do time. Com apenas 20 dias de preparação seria impossível que isso acontecesse e fatalmente esse processo deve ser completado ainda no Estadual. Entretanto, a equipe começa o ano de 2014 sem nenhuma novidade, em termos de jogadas e tática, o que facilita a vida dos adversários.

A declaração do técnico do Maranhão, Gilberto Gaúcho, apenas ratifica o que todos já sabem: "o Sampaio só tem jogada aérea". O treinador do MAC disparou a frase após o empate em 1 a 1 com o Tricolor, em uma partida, onde o Quadricolor se dispôs a defender, com eficiência, obrigando o rival a apostar tudo na bola aérea, tática que realiza desde 2012 com a chegada de Flávio Araújo.

No seu 4-2-3-1, Flávio sempre pressiona os adversários com as subidas dos laterais, o que tem dado certo. Mas, ficar na dependência exclusiva das bolas aéreas pode ser um erro para uma equipe que ascendeu para a Série B em dois anos. No Campeonato Maranhense o Tricolor marcou quatro gols, com todos tendo origens em cruzamentos pela direita, que é o lado onde a tática da equipe melhor funciona.

Quando o time não consegue obter sucesso nos cruzamentos, a saída é arriscar de fora da área, e assim foi contra o MAC. Até Paulo Sérgio foi obrigado a carregar a bola do setor defensivo ao ataque, para tentar surpreender o time atleticano. Em termos táticos, o clássico Samará lembrou o empate em 1 a 1 com o Luverdense na Série C, onde os mato-grossenses também souberam anular as jogadas aéreas e, na época, as infiltrações com Pimentinha.

Dentro do Estadual, o Sampaio pelo grupo que possui e pelos resultados recentes é o grande favorito, mas para confirmar isso é necessário que se reinvente. Contra adversários frágeis contra o Bacabal, apenas as bolas aéreas foram suficiente, mas já diante do MAC, que está se ajustando dentro do torneio, foi o suficiente apenas para o empate.

O ano está apenas começando e pode ser que Flávio Araújo apresente novas opções ainda dentro do Estadual. Não é uma questão apenas de opção do treinador, mas uma necessidade para que a equipe continue na crescente que vem desde 2012 com os dois acessos consecutivos.