quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Canindé precisa de tempo e paciência no Sampaio

A derrota para o Estrela do Norte e os dois empates consecutivos na Copa do Nordeste, deixaram o técnico Oliveira Canindé pressionado no comando do Sampaio. Tal pressão, em apenas dois meses de trabalho. Infelizmente a cultura imediatista do nosso futebol pode minar o que, futuramente, pode ser um bom trabalho de Canindé no Tricolor maranhense.

Obviamente uma eliminação do Sampaio diante do Estrela do Norte, o que acontecerá caso o Tricolor não vença o jogo de volta, é um resultado totalmente inesperado, entretanto é necessário pontuar alguns fatores antes de falar sobre essa pressão. Canindé está comandando um time que sofreu uma grande reformulação em 2015. A equipe perdeu jogadores chaves como Eloir, Jonas, Uillian, Pimentinha e Rodrigo Ramos, para os quais atualmente Raí, Edvânio, Gil Mineiro, Robert e Dida tentam suprir essas posições carentes.

Quase metade do time reformulado. Não seria da noite para o dia que esses jogadores conseguiriam o entrosamento. Além disso, há o fator da própria chegada de Canindé ao Tricolor. Apesar do treinador ser adepto do 4-2-3-1, esquema que foi base do time de 2012 a 2014, há aspectos novos que foram apresentados aos jogadores. É necessário tempo aos atletas para assimilarem isso.

Também chama a atenção é que Canindé tentou esboçar uma discussão sobre a tática que está sendo aplicada no Sampaio. Ao comparar o time com São Paulo comandado por Telê Santana, acabou sendo apontado como professor Pardal, entre outros aspectos. Entretanto, poucos realmente tentaram assimilar tal comparação.

Então, Canindé tem razão quando faz esse comparativo? Sim e não. Vale a pena recuperar tal citação do treinador.

- Não tem nada de novidade. O futebol brasileiro todo joga desta maneira. Só que em muitos casos, você tem dois pontas e os dois laterais embaixo, marcando normal, que passam pouco porque tem dois pontas que vão para cima. O Raí tem característica de ponta, que vai para dentro e busca a definição, o Gil Mineiro tem um pouco mais de movimentação. Mas os dois homens atrás, passam normal, organizam o time e chegam com naturalidade. Para as pessoas enxergarem isso e entender, é complicado, mas na minha cabeça não é complicado.

Neste aspecto é bom destacar o primeiro trecho da justificativa de Canindé. De fato, o Sampaio utiliza dois pontas, no caso Gil Mineiro e Raí, que ficam a frente dos laterais. Pelo meio, geralmente na faixa central, há a presença de Válber, enquanto Edvânio é o único volante da equipe no momento e Cleitinho completa o quarteto mais avançado do meio-campo. Esse 4-1-4-1 muda para um 4-2-3-1 com a volta de Curuca, mas não pelo fato deste ser mais um volante. Diferente de Cleitnho, Curuca também consegue voltar para marcar e sai no apoio para o ataque. Basicamente, o Sampaio, com todas as peças disponíveis nesse início de temporada, atua em um 4-2-3-1, que varia para um 4-1-4-1 quando o time tem a posse de bola.

Sampaio no 4-1-4-1 por causa da deficiência de marcação de Cleitinho e o apoio dos alas

Em relação ao comparativo com o São Paulo, a situação é válida no que se refere a função de Raí e Gil Mineiro. No Tricolor paulista de 1993, bicampeão mundial, na formação que foi para a partida contra o Milan, Muller era o ponta pela esquerda e Cafu atuava na direita, enquanto nas laterais, Ronaldo Luís atuava na esquerda e Vitor pela direita. As semelhanças entre o time maranhense e o paulista existem quando você compara as funções de Raí com Muller e Gil Mineiro com Cafu. Neste caso vale destacar que Muller não tinha tanta obrigação defensiva, tal como Raí tem no Sampaio. O comparativo entre a função de Gil e Cafu fica mais próxima, justamente pelo fato de ambos voltarem para auxiliar na marcação.

Ainda há outras diferenças, principalmente no esquema atual do Sampaio. Com a deficiência de Cleitnho para realizar a marcação, o time fica desenhado no 4-1-4-1, como explicado acima. O São Paulo naquela ocasião, contava com Pintado e Dinho como a dupla de volantes, mas também não tinha um atacante de referências. No caso do Sampaio, apesar da movimentação de Robert, há essa figura do atacante mais avançado, o que também diferencia essas equipes.

São Paulo-93: sem centroavante e participação efetiva de Palhinha, Raí e Cafu na recomposição
É bom frisar que essa comparação se resume apenas ao aspecto tático das equipes, sem entrar no mérito de comparativo da qualidade de um jogador com o outro.

Apesar das semelhanças, o Sampaio tem apresentado uma deficiência constante nesse início de temporada: a falta de variação durante os jogos. Vale destacar que contra o Coruripe e o Socorrense, partidas em que resultaram nos dois empates da Copa do Nordeste, essa falta de alternativas foi um dos motivos para a equipe ficar encaixotada pela marcação. Diante do Socorrense, houve uma dependência excessiva das jogadas pelas laterais, quando centralizaram o jogo, Robert marcou duas vezes, e diante do Coruripe, a equipe não conseguiu sair da marcação dos alagoanos, dependendo de jogadas de bola parada para tentar levar algum perigo.

Diante do Estrela do Norte, vale destacar a forma como os capixabas comandaram o primeiro tempo. A equipe do Estrelão conseguia realizar um trabalho quase perfeito de marcação, com os jogadores fechando as linhas e os espaços centrais, forçando o Sampaio a depender dos cruzamentos. Nos contra-ataques, os capixabas eram velozes e chegavam com facilidade, lembrando o próprio Sampaio, quando jogava em 2012. Na etapa final, Canindé conseguiu ajustar o time com a entrada de Geraldo e Simplício e até diminuiu o 3 a 0 para 3 a 2, mantendo os maranhenses com chance de classificação para a segunda fase.

É um início de trabalho, como citado em todo o texto há qualidades e deficiências, reconhecidas pelo próprio Canindé. Além desse aspecto, o treinador carece de peças de reposição, que, pelo andar da carruagem e a tradição do Sampaio, devem ser contratadas somente após o Estadual. Lógico que deve haver uma cobrança sobre o trabalho, entretanto, da forma como é feito atualmente, é algo sem sentido. A própria demissão de Canindé com apenas dois meses de trabalho poderia ser um equívoco no planejamento do Sampaio.

Vale lembrar que em 2014, quando o Tricolor chegou a sonhar com o acesso para a Série A, uma possível campanha surpreendente, foi minada justamente pela troca de treinadores. Primeiro a saída de Flávio Araújo, por causa de interferências da direção, depois Lisca que não contou com a paciência da torcida e da diretoria para mostrar o resultado de seu trabalho e por fim a chegada de Vinícius Saldanha, apenas como tapa buraco e com prazo de validade até o término da sequência de oito jogos na Série B.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Eugênio Souza deixa o Moto

Eugênio Souza chegou como a grande esperança de uma boa temporada para o Moto em 2015. As expectativas não chegaram nem perto de serem correspondidas. Nos seis primeiros jogos da temporada, um aproveitamento de apenas 44,4%, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas, em apenas dois meses no comando do Rubro-Negro.

Pouco tempo para avaliar o trabalho do treinador, que tentou implantar uma nova filosofia no clube. Entretanto, o tempo para realizar esse trabalho, o Moto não tem disponível, busca alguém que possa render resultados imediatos, até porque uma vaga na Série D está condicionado ao título do Campeonato Maranhense, ou um vice, caso o Sampaio seja campeão.

Além do pouco tempo, as limitações financeiras também pesaram. Com poucas peças de reposição, Eugênio não tinha como revezar o elenco entre o Campeonato Maranhense e a Copa do Nordeste. O resultado foi o desgaste físico do time, o que ficou visível na derrota, de virada, diante do Imperatriz.

Aliado com a limitação finaceira, pesou algumas contratações equivocadas, como o próprio Eugênio Souza admitiu que ocorreram. Apesar de o treinador não citar nomes, fica claro que foi a situação do meia Cesinha, que pediu dispensa, além dos zagueiros Michel e Rodolfo, que não conseguiram se firmar no time. Em uma equipe como o Moto, errar nestas negociações boa parte do restante do trabalho fica comprometida.

Agora, o Moto tentará recuperar o tempo perdido. O treinador que chegar já assumirá o clube sob pressão, uma vez que o time está fora da zona de classificação para as semifinais do Maranhense e precisa se recuperar na Copa do Nordeste. Infelizmente, não haverá como o novo treinador pedir tempo, terá que apresentar resultados imediatos para recuperar e ainda manter o Rubro-Negro com chances de disputar a Série D de 2015.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Moto 2x3 Imperatriz: no contra ataque e com Chicão inspirado, Cavalo conquista virada épica

Em uma noite inspirada do atacante Junior Chicão e com contra ataques precisos, o Imperatriz venceu o Moto por 3 a 2 no Castelão. Se o Alvirrubro contou com a velocidade como ponto forte para garantir os três pontos, a intensidade do Papão foi pouca, o que facilitou o caminho para o triunfo do Cavalo de Aço.

Quando a bola rolou, o Moto mostrava que tentaria sufocar o Imperatriz no campo de defesa. O 4-1-4-1 do técnico Eugênio Souza, com Gabriel e Felipe como pontas, enquanto Wanderley e Kléo avançavam pela faixa central, abria alguns espaços na defesa do Imperatriz. Para isso, a aposta era principalmente nas jogadas pelos lados com Felipe e Gabriel.

Entretanto, o Imperatriz, armado no 4-2-3-1, apostava no contra ataque. Na primeira chegada assustou e surpreendeu com a velocidade de Junior Chião, além de Naldinho e Ted pelas pontas. O primeiro gol do Moto veio de uma jogada esperada: Gabriel recebeu na ponta e centralizou para finalizar, Jean deu o rebote, que sobrou para Felipe abrir o placar.

Moto vs Imperatriz - Football tactics and formations

Após o gol, os contra ataques do Imperatriz passaram a ser mais frequentes. Até que Junior Chicão, arrancou do meio-campo, passou pela zaga e deixou tudo igual ainda na primeira etapa.

No segundo tempo, Eugênio optou por mudar o esquema do Moto, passando para o 4-2-3-1, com a saída de Kléo para a entrada de Henrique, que passou a ser o ponta-direita, enquanto Felipe foi para a faixa central e Wanderleu recuou para atuar como volante junto Wanderley.

Logo aos dois minutos, em uma bola longa, onde ficou a dúvida se ela saiu ou não antes do passe, Henrique conseguiu tocar para Diego Renan, que recolocou o Moto na frente. A partir dos 15 minutos, a intensidade do Rubro-Negro diminuiu. Nitidamente estourado fisicamente, o Moto tentava controlar o jogo e era lento nas saídas de bola.

Moto vs Imperatriz - Football tactics and formations

O empate do Imperatriz novamente veio em um contra ataque. De novo a bola chegou para Junior Chicão, dessa vez na grande área, que marcou o segundo do Alvirrubro no jogo. A partida passou a ficar igual, mas o Moto não conseguia levar perigo. Até tentava nas jogadas pelas pontas, mas a defesa do Imperatriz conseguia neutralizar o perigo.

Até que aos 46, Rubens repetiu a arrancada de Junior Chicão no primeiro tempo, passou pela zaga do Moto e tocou por cima de Raniere para decretar a virada do Imperatriz. Vitória que ameniza a situação do Imperatriz no Campeonato Maranhense, enquanto o Moto perde o segundo jogo consecutivo e começa a sentir o peso de uma maratona de jogos.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Sampaio 0x0 Coruripe: empate evidencia falta de alternativas do Tricolor

Um empate que evidencia as carências do Sampaio no início da temporada. Assim pode ser resumido o jogo diante do Coruripe na noite desta sexta-feira. Totalmente encaixotado pela marcação alagoana, o Tricolor não conseguiu encontrar espaços para garantir uma vitória. Com exceção das bolas paradas, quando a bola rolava, o time maranhense era totalmente nulo em campo.

O Sampaio entrou em campo escalado no 4-1-4-1, com Edvânio na frente da linha de defesa, enquanto Raí e Gil Mineiro seguiam como alas, com Cleitinho e Valber mais centralizados e Robert na frente. Não foi difícil para o 4-2-3-1 do Coruripe, armado pelo técnico Jaelson Marcelino, encaixotar o Tricolor maranhense.

Rai era marcado por Denílson, enquanto Antônio Carlos anulava Gil Mineiro e a dupla de volantes alagoanos, formada por Jota e Léo Maceio anulavam, respectivamente, Cleitinho e Valber. Para tentar fugir dessa marcação, Canindé tentou movimentar o meio, principalmente com Gil Mineiro alternando sua posição, mas de nada adiantou. Com pouca criação do Sampaio e raros lances de perigo do Hulk, o primeiro tempo terminou zerado.

Na volta para a etapa final, Edgar logo entrou no time no lugar de Gil Mineiro. Com a mudança, surpreendentemente, Willian Simões ficou responsável pela função no meio, entretanto, de nada adiantou. Além disso, com a saída de Gil, o meio-campo do Sampaio ficou mais frágil, já que Willian não conseguia voltar para marcar. O Coruripe passou a conseguir encontrar mais espaços, mas não tinha qualidade para finalizar com precisão.

Com o término do jogo se aproximando, o Sampaio passou a abusar das ligações diretas. Já com Arlindo Maracanã em campo, não foram raros os lances em que o veterano lateral tentou ligar o ataque direto com Edgar, para arrancar na velocidade. Para minar as chances de vitória do Sampaio, Edgar ainda foi expulso.

Um 0 a 0, que evidenciou a carência de alternativas de jogo do Sampaio. Com pouca variação tática, o time ficou totalmente encaixotado e levou perigo somente com Raí nas bolas paradas. Além disso, é evidente a dificuldade do Tricolor em jogar, quando o adversário se dedica somente a defesa. A dependência de contra-ataques é uma característica histórica dos últimos cinco anos do time. Mudar isso e encontrar uma nova forma de jogar não será uma missão fácil para o técnico Oliveira Canindé.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Salgueiro 3x0 Moto: com pane, Rubro-Negro é amassado pelo Carcará

Com uma pane no início do segundo tempo e sem levar perigo aos rivais, o Moto perdeu para o Salgueiro por 3 a 0 na noite desta quarta-feira, no Cornélio de Barros. O Carcará vence a sua primeira partida na temporada, assumindo a liderança do grupo C, com cinco pontos, enquanto o Rubro-Negro sofre a primeira derrota em jogos oficiais em 2015, caindo para a vice-liderança do grupo.

O Moto até tentou tomar a iniciativa no jogo, mas a pressão inicial, logo foi ofuscada pelo Salgueiro. Aos poucos, melhorando em campo, os donos da casa exploravam principalmente as jogadas pela esquerda, onde Fágner perdia a maioria das divididas e Rodrigo Fernandes não conseguia voltar para ajudar o setor defensivo.

Foi esse o caminho que Victor Caicó achou para marcar o único gol da primeira etapa. No Moto, a deficiência defensiva e ofensiva, além da falta de aproximação entre os setores, marcaram a atuação da equipe nos primeiros 45 minutos. Enquanto o Carcará, apesar das dificuldades, conseguia chegar, principalmente com Valdeir, mas sem levar perigo.

Logo na volta para o segundo tempo, o Salgueiro aproveitou três minutos de apagão do Moto para ampliar o marcador. Paulo Junior marcou duas vezes, aumentando a dificuldade do Rubro-Negro em campo. Com o 3 a 0 no placar, o Carcará passou a administrar o jogo e fechando todos os espaços quando o Moto tentava o ataque.

Além da dificuldade de encontrar uma brecha no meio-campo do Carcará, o Moto ainda ficou com um a menos aos 28, quando Gabriel foi expulso. Para assegurar a vitória, o time do Salgueiro passou a pressionar a saída de bola, principalmente Berger, Paulo Junior e Julio Alves.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Moto 3x1 Náutico: Kléo comanda virada no Castelão

Pressionando o Náutico durante todo o jogo, o Moto conseguiu uma vitória fantástica, na tarde deste sábado no Castelão. O placar de 3 a 1, foi construído principalmente por conta do volume de jogo do Rubro-Negro, que em nenhum momento deixou de sufocar o Alvirrubro no campo defensivo.

Apesar dos pernambucanos saírem na frente, com gol de Josimar, em nenhum momento os donos da casa diminuíram a pressão. A vitória, dá ânimo ao time maranhense, que agora lidera o grupo C da Copa do Nordeste, com quatro pontos, enquanto o Náutico é o lanterna com um ponto.

Quando a bola rolou, o Moto deixou bem claro sua proposta de apostar no ataque pelos lados. Para isso, o time foi escalado no 4-3-1-2, com Felipe na frente do trio de volantes, dentre os quais Kléo e Wanderley tinham maior liberdade para apoiar o ataque.

Nos primeiros 20 minutos, a pressão basicamente foi toda pela esquerda, com tabelas entre Wanderley e Rodrigo. Entretanto, quando Kléo e Wanderley perderam espaço, por causa da marcação de Bruno Alves e João Ananias, o Rubro-Negro perdeu a força na frente. A partir daí, o Náutico cresceu.

A chave para isso, foram principalmente as infiltrações de Patrick Vieira e Bruno Alves, que chegava abrindo pela direita. Josimar abriu o placar, justamente após um cruzamento preciso de Bruno, e anteriormente, um gol do Náutico, não foi validado pois a arbitragem não viu a bola passar pela linha do gol.

Quando os pernambucanos assumiram a liderança do placar, passaram a tentar administrar o jogo. Com o Moto, previsível, arriscando somente avanços pela esquerda e chutes fracos de fora da área, o placar mostrava que não mudaria. Ainda na primeira etapa, Gabriel teve a chance do empate, mas bateu mal o pênalti, defendido por Júlio César.

Na volta para o segundo tempo, a proposta das equipes se manteve e com o Moto pressionando. Entretanto, a principal diferença é que o Rubro-Negro passou a apostar nos avanços pela direita com Kléo. Foi assim, que o meia achou Gabriel livre na área para empatar o jogo. Na sequência, o Náutico ainda teve um pênalti, mas Renato mandou para fora.

Passado o susto, nova pressão Rubro-Negra. Kléo virou o jogo cobrando falta e Naoh ainda fez o terceiro para sacramentar a vitória. A virada, foi possível, principalmente pela queda na qualidade da marcação em cima de Kléo, que foi pouco acionado no primeiro tempo, mas fundamental para a virada espetacular no Castelão.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Socorrense 2 x 2 Sampaio: sergipanos mortais no contra ataque e Robert decisivo

Com dois gols de Robert nos minutos finais, o Sampaio arrancou um empate heroico diante do Socorrense, por 2 a 2, no Presidente Médici. Diante da inércia do Tricolor maranhense na primeira etapa, o Socorrense saiu na frente com Junior. Na etapa final, Junior voltou a marcar, mas em quatro minutos, Robert marcou dois gols para garantir o ponto do Sampaio fora de casa.

Com o ponto conquistado fora de casa, o Sampaio segue líder do grupo B, agora com quatro pontos, enquanto o Socorrense segue na segunda posição, com dois pontos. A classificação ainda é completada com o Coruripe, em terceiro com dois pontos, mas dois gols a menos que o Socorrense, enquanto o Sport é o lanterna com um ponto.

O Sampaio tentou imprimir seu ritmo no jogo, apostando principalmente nos avanços de Raí pela esquerda e nas bolas lançadas para Robert. Entretanto, as jogadas não tinham a conclusão ideal e Emanuel parava as chances do time maranhense.

O lance do gol, é o símbolo do primeiro tempo, com as duas equipes apostando no contra ataque. Primeiro o Sampaio sai em velocidade, após um escanteio do Socorrense. Quando a bola chega para Raí, pela esquerda, ele inverte com Robert, que arrisca o chute, mas Emanuel defende e na sobra a zaga sergipana afasta o rebote.

Entretanto, a partir daí, em alta velocidade e com apenas oito toques, a bola chega para Orobó, que deixa Junior em boa condição para abrir o placar. Apesar de ter maior controle da posse de bola, o Sampaio não conseguia criar. Após o gol sofrido, o time passou a depender dos avanços de Raí pela esquerda, que sem inspiração não acertava nada. O Socorrense, quando chegava, ou era em tentativa de ligação direta ou com Daniel Caiçara sempre avançando pela esquerda tentando o cruzamento para Orobó.

Com as deficiências do primeiro tempo, Canindé alterou a estrutura do time na volta do intervalo, com a entrada de Simplício e Geraldo logo no intervalo, no lugar de Cleitinho e Gil Mineiro. Com as mudanças, o Tricolor pressionava, mas sempre apostando nas jogadas pelas laterais, que já não haviam dado resultado no primeiro tempo.

O esforço do Sampaio ainda poderia ter resultado em um gol, caso o pênalti de Índio, que colocou a mão na bola, fosse marcado. Pouco tempo após o lance ignorado, o Socorrense achou novo contra ataque, com a bola chegando para Caiçara que deixou para Junior fazer o segundo dos donos da casa.

Apesar do gol, o Sampaio sempre manteve o controle da partida. O lance de esperança surgiu após boa jogada de Willian Simões, que resultou em um pênalti em Robert. O próprio Robert foi para a cobrança e converteu, diminuindo a diferença. Nos acréscimos, com uma pressão ofensiva e arriscando as jogadas na faixa central, a bola voltou a sobrar para Robert, que marcou o segundo do Sampaio e garantiu o empate para o Tricolor maranhense.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

São José-MA segue líder; Moto e Sampaio reagem

A segunda rodada do Campeonato Maranhense praticamente não teve surpresas. Apesar do domínio dos visitantes no interior do Estado, na capital o Sampaio não deu chances para o Balsas aprontar.

A rodada começou com o jogo quente entre Imperatriz e Santa Quitéria. A Raposa, comandada por Meinha, venceu o jogo por 2 a 1, que ainda teve três expulsões. Vale lembrar que na primeira rodada, no confronto do Cavalo de Aço contra o Balsas, a partida também terminou com dois cartões vermelhos.

Na abertura dos jogos de domingo, o Moto, apesar de sofrer alguns sustoso, venceu o Araioses por 2 a 1, com gols de Naoh e Luís Fernando, enquanto Alessandro descontou para os donos da casa. Apesar da vitória, o técnico Eugênio Souza voltou a pedir mais tempo, lembrando que chegou apenas ao 28º dia de trabalho no comando do Rubro-Negro e por causa da pressão pelos empates nos dois primeiros jogos do ano, contra o Cordino e Piauí.

Ainda no interior, a partida entre Cordino e São José começou com 18 minutos de atraso, por causa da ausência de policiamento. Quando a bola rolou, gols apenas no primeiro tempo: Shailisson e Juninho Pindaré marcaram para o Peixe Pedra, enquanto Alisson descontou para os donos da casa.

Para fechar a rodada, o Sampaio goleou o Balsas, em São Luís. Robert marcou quatro gols e Válber completou a goleada Tricolor no Castelão. Com os resultados, o São José segue líder com seis pontos e com a goleada na capital, o Tubarão é o vice-líder com quatro pontos, seguido por Moto e Santa Quitéria, com a mesma pontuação. Na zona de rebaixamento aparecem Expressinho e Araioses, ainda sem pontuar.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Eugênio Souza precisa de paciência no Moto


Os dois amistosos da pré-temporada já haviam demonstrado esse cenário, as partidas contra o Cordino e o Piauí apenas confirmaram que será necessário tempo e paciência para o time de Eugênio Souza engrenar. Não se trata de complacência com o técnico Rubro-Negro, mas apenas o fato de um time totalmente reformulado está lidando com uma filosofia completamente nova e que nunca houve tentativa de ser implantada na equipe.

O Moto iniciou os treinos no dia 12 de janeiro, com apenas um mês de treinos, o time já estava em seu segundo jogo da temporada, diante do Piauí. Foram apenas 18 dias de pré-temporada, intercalados com dois amistosos, o que comprometeu parte dos treinos, por causa da necessidade de recuperação dos jogadores. No total, efetivamente foram 19 dias de treino neste período, que foram separados em treinos táticos, físicos e também para a recuperação de jogadores.

Pouquíssimo tempo para o elenco assimilar e colocar em prática a filosofia do treinador e vice-versa. É normal que o torcedor não fique satisfeito com a demonstração do time nas duas primeiras partidas da temporada, mas essa pressão não pode, e nem deve, chegar até a diretoria do Rubro-Negro.

Além do tempo, Eugênio também sofre com a ausência de Henrique e Pedro Gusmão, que sofreram lesões nesse início de temporada. Para completar, vale destacar algumas características limitadas no elenco, como a velocidade por exemplo. Gabriel, Rayllan e Henrique são os velocistas que podem ser usados como pontas no 4-2-3-1, enquanto Felipe e Naoh possuem uma velocidade razoável, mas não o ideal, para esta função.

Na defesa, fica claro a necessidade de contar com peças de reposição. Sem Luís Fernando e Ícaro, o time fica fragilizado. O tempo será aliado para a Eugênio Souza levar o Moto ao ponto ideal, mas também poderá ser o seu carrasco, já que no futebol maranhense, infelizmente, ainda predomina a filosofia de resultados imediatos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Sampaio 3 x 2 Sport: uma mudança para virar o jogo

A vitória do Sampaio por 3 a 2 diante do Sport passa principalmente pelo técnico Oliveira Canindé. Após ver o time completamente dominado pelo Rubro-Negro pernambucano no primeiro tempo, o treinador realizou uma mudança no intervalo do jogo, que deu uma nova postura ao time Tricolor na etapa final.

A entrada de Cleitinho no lugar de Belfort, não foi apenas uma troca de jogadores. Com Belfort, o time foi totalmente dominado no meio-campo na primeira etapa. O 4-1-4-1 do Sport, com Diego Souza caindo mais pela esquerda e em alguns momentos buscando a faixa central do jogo, praticamente anulou todo o meio-campo do Sampaio.

Gil Mineiro foi bem marcado, enquanto Simplício e Curuca sempre eram pressionados quando tinham a bola. Sem conseguir trocar passes, a solução era a ligação direta, sempre mal sucessedida. Com o Sampaio inofensivo, em uma bola parada, o Sport saiu na frente com Rithely. Sem fazer esforço, o Sport controlava o jogo, explorava alguns lances individuais de Diego Souza e vencia a partida com facilidade no primeiro tempo.

Como dito na abertura do texto, o intervalo foi crucial para a virada do Tricolor. Com a entrada de Cleitinho, o 4-2-3-1 do Sampaio passou a ser um 4-3-2-1. Gil Mineiro, antes jogando como um ponta na direita, passou a atuar como um volante. A trinca de volantes contava com Simplício na esquerda, que centralizava quando Curuca saía para o jogo e era completa com Gil, que tinha mais liberdade para apoiar o ataque.
Meio-campo foi dominado pelo Sport no primeiro tempo


Cleitinho e Válber passaram a ser centralizados, enquanto Robert ficava na frente, como um centroavante móvel. Aliás, essa mobilidade de Robert foi fundamental para a virada do Sampaio. O primeiro jogo vem na mesma moeda do Sport: bola parada, cruzamento na área e Edivânio empata a partida.

Já o segundo gol, ocorre por causa das mudanças no intervalo. Neste momento, Gil Mineiro passa a jogar na faixa central, enquanto Curuca se desloca para a direita e avança com a bola e passar para Daniel Damião. Após o cruzamento de Damião, Robert sai da área e Válber entra livre para empurrar a bola para o gol e virar o jogo. Em dois minutos, o Sampaio vence por 2 a 1.

Sport mudou para o 4-2-3-1 na tentativa de virar o jogo
Mas além dos gols, as mudanças também foram fundamentais para devolver ao Tricolor maranhense a velocidade e o contra ataque mortal, características fundamentais do time nos quatro últimos anos. Da mesma forma o Tricolor chegou ao terceiro gol. O Sport ainda teve tempo para diminuir com Régis, no último lance do jogo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

O caminho dos maranhenses na Copa do Nordeste

Nesta terça-feira a bola começa a rolar no Nordestão, que pela primeira vez em sua história, contará com equipes dos nove Estados da região. Com a inclusão de piauienses e maranhenses, cada um com dois times, a competição se regionaliza totalmente e apresenta o Sampaio como uma possível surpresam, enquanto o Moto tentará realizar uma boa campanha, sonhando até com uma vaga na segunda fase.

Sampaio e Sport na briga pelo primeiro lugar
Diego Souza, a estrela do Sport
Em tese, Sampaio e Sport terão um caminho tranquilo na briga pela classificação no grupo B. Atual campeão, o Rubro-Negro pernambucano entra como o grande favorito do torneio, principalmente por causa do trabalho do técnico Eduardo Baptista e por ser o único nordestino na Série A.

Para reforçar o favoritismo dos pernambucanos, aparece o elenco com destaque para o zagueiro Durval, o meia Diego Souza e o atacante Élber, este último emprestado pelo Cruzeiro. Na estreia do Pernambucano, ainda sem contar com Diego, o Leão não teve dificuldades para vencer o Santa Cruz por 3 a 0.

O Sampaio, segunda força do grupo, se não ocorrer nenhuma surpresa, brigará com o Sport pela primeira colocação. Em um ano de reformulação, já que sete titulares deixaram a equipe após a Série B, a grande aposta do time é a estrela do técnico Oliveira Canidé, campeão do Nordeste em 2013 com o Campinense. Entre os reforços, destaque para a chegada do goleiro Milton Raphael, campeão da Série C com o Macaé, os laterais Raí e Gil Mineiro, além do atacante Robert, de 33 anos.

Agora no Sampaio, Canindé busca seu segundo título do Nordestão
Coruripe e Socorrense completam o grupo. O time de sergipe, comandado por Jaelson Marcelino, chega ao torneio apostando na dupla de ataque formada por Thiago Furlan, que em 2014 defendeu o Vila Nova e o Águia, além de Casagrande, ex-Sampaio e terminou a temporada defendendo o Jacuipense, marcando cinco gols na Série D.

No Socorrense, o técnico Edmilson Santos, terá trabalho para realizar uma boa campanha no torneio. Com um elenco limitado, o lateral Jorginho, de 34 anos e há quatro temporadas na equipe, é a referência do elenco e responsável por levar perigo nas bolas paradas.

Moto quer surpreender em sua estreia
Júlio César: segurança no gol
Se o Sampaio chega como um dos favoritos para avançar no grupo B, o Moto corre por fora na briga pela classificação. Em uma chave que conta com Náutico, Salgueiro e Piauí, o Rubro-Negro maranhense esperar brigar pela segunda vaga com o Carcará do sertão pernambucano.

O Náutico, comandado por Moacir Junior, é o grande favorito da chave. Único representante da Série B no grupo, o Alvirrubro aposta na liderança e nas boas defesas do goleiro Júlio César para garantir a classificação. Além disso, o clube buscou peças no mercado, com destaque para a chegada do volante Filipe Souto, de 23 anos, do meia Patrick Vieira, de 23 anos, do atacante Stefano Yuri, de 20 anos, todos emprestados, respectivamente, por Atlético-MG, Palmeiras e Santos.

O Salgueiro, que agora conta com o comando de Sérgio China, tentará manter a tradição de conseguir boas campanhas nas últimas temporadas. Representante da Série C, Carcará do Sertão aposta nas boas atuações de Vitor Caicó e Moreilândia, no meio-campo, para conseguir uma boa campanha. Além disso, entre os reforços, destaque para a chegada do atacante Anderson Lessa, de 25 anos, com passagens pelo Náutico e Cruzeiro.

Eugênio Souza tentará surpreender com o Moto no Nordestão
Após a reafirmação no cenário Estadual, o Moto entra no seu primeiro Nordestão mirando uma boa campanha e tentando surpreender. Sob o comando de Eugênio Souza, que deixou o Tombense após a conquista do título da Série D de 2014, o Papão quer voltar a construir uma reputação no Nordeste. Para isso, aposta na habilidade do jovem atacante Henrique, de 21 anos, e conta com a chegada do volante Felipe Dias, de 21 anos, além do atacante Pedro Gusmão, de 22 anos, que estava no Atlético-PR.

O azarão do grupo deverá ser mesmo o Piauí. Comandado pelo técnico Marcão, o Enxuga-Rato terá que superar a desconfiança para fazer uma boa participação no torneio. O goleiro David, ex-Sampaio e com passagens pelo Imperatriz e Bacabal, é uma das referências do elenco. Entre os reforços, destaque para a chegada do zagueiro Matheus Diovany, formado na base do Coritiba e com passagens pelo futebol holandês, onde defendeu o Venlo, e na MLS, defendendo o Dayton Dutch Lions.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Surpresas na abertura do Campeonato Maranhense

Moto empatou na estreia (De Jesus/O Estado)
São José líder e artilheiro do interior. Assim termina a surpreendente rodada de abertura do Campeonato Maranhense, que registrou 10 gols marcados em quatro jogos realizados neste domingo.

O empate entre Sampaio e Santa Quitéria não chega a ser considerado surpreendente, já que o Tricolor entrou em campo com um time misto. Apesar disso, vale destacar a pressão do Sampaio durante todo o jogo, com a equipe falhando sempre no momento do último toque, o que foi fundamental para o jogo terminar sem gols.

Na estreia do Dário Santos, o São José-MA marcou o primeiro gol do Campeonato Maranhense, com Fábio Ricardo abrindo o placar aos 36 do primeiro tempo. Na etapa final, Shailison completou o marcador para o Peixe Pedra, que estreou com vitória diante do Expressinho em sua nova casa.

Em Balsas, os gols saíram somente no segundo tempo. Anderson abriu o placar para o Balsas, Rubens e Regis chegaram a virar o jogo para o Imperatriz, mas Igor garantiu o empate e um ponto conquistado para os donos da casa.

No último jogo da rodada, o Moto sofreu diante do Cordino. Diego Bala abriu o placar para os visitante no primeiro tempo. Naoh e Fagner viraram para o Rubro-Negro na etapa final, mas Diego Bala garantiu o empate para a Onça no minuto final.

Com os resultados, o São José-MA é o líder isolado do Estadual. Diego Bala, do Cordino, começa o Estadual na artilharia com dois gols marcados.