quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Artilheiros ficam pelo caminho e não conseguem acesso na Série C

Eloir é um dos artilheiros na fase final / Biaman Prado
Ter um jogador com faro de gol é o desejo da maioria das equipes. Isso pode significar a possibilidade de conquistar mais vitórias e feitos maiores. Parte disso verdade. Mas nem sempre ter um goleador na equipe é sinônimo de sucesso. A Série C mostra isso, com o Sampaio sendo a única exceção no grupo dos times que conquistaram o acesso para a Série B.

Os principais artilheiros da competição sequer avançaram para a segunda fase, onde o acesso foi definido. Eliminados na primeira fase, viram jogadores, que até então não ameaçavam alcançar a artilharia do torneio, ajudarem seus times e entrarem na briga pelo prêmio individual.

Assissinho (Fortaleza) marcou 12 gols e ainda é o principal artilheiro da competição. Apesar disso, o Tricolor cearense foi eliminado na primeira fase. Tiago Cavalcanti poderia ter conquistado o acesso e até liderar a lista de goleadores na Série C, afinal marcou 10 gols pelo Sampaio. Mas antes que o time maranhense conseguisse a classificação o atacante partiu para o Bragantino.

Também com 10 gols, Fernando (Cuiabá) foi fundamental apenas para ajudar o Dourada à permanecer na Série C. Ainda entre os cinco principais artilheiros do torneio aparecem Danilo Galvão (Águia) e Denílson (CRB), ambos com nove gols, mas também viram seus times eliminados na primeira fase.

Quem poderia seguir no sonho de ser artilheiro da Série C era o atacante Tozin, autor de oito gols pelo Luverdense no torneio. Entretrano, Tozin foi dispensado do Luverdense faltando dois jogos para o fim da fase classificatória.

Com os principais goleadores ficando pelo caminho, quem estava distante da briga voltou a aparecer e foi fundamental para sua equipe conquistar o acesso. No Vila Nova, Frontini, que estava sem marcar há nove jogos, viu o Tigre perder por 1 a 0 para o Treze no jogo de ida, mas na volta, com dois gols do atacante, os goianos conquistaram o acesso. De quebra, Frontini chegou aos sete gols e, com no máximo, mais quatro jogos pela frente (caso o Vila Nova seja finalista), ainda pode sonhar com a artilharia.


Quem também aparece na briga é o meia Eloir, que teria a função de criar, mas agora é o artilheiro do Sampaio. Com a saída da dupla Cavalcanti e Pimentinha, Eloir voltou a ser decisivo nos últimos jogos (com três gols em quatro jogos) e é o artilheiro do time com seis gols. Por conta de sua posição e da diferença de gols para os líderes é difícil acreditar que o representante da equipe maranhense possa ainda brigar pela artilharia.

Entre os dois times que ainda estão disputando as quartas de final, no caso do Betim e Santa Cruz, as duas equipes aparecem com jogadores com potencial de alcançarem a artilharia na reta final. Betim, defendendo o time mineiro, conta com seis gols, enquanto André Dias, principal artilheiro coral, já tem cinco gols, ambos com a possibilidade de jogar mais cinco jogos, caso suas equipes sejam finalistas. Mas vale lembrar que no caso desta dupla, um deles ficará pelo caminho.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Eloir, Lucas e Kível: trio é decisivo para o acesso Tricolor

Lucas e Kível: reforços fundamentais / Paulo de Tarso Jr.
Foram cinco jogos sem vencer e a dúvida se o Sampaio poderia continuar sonhando com a classificação para a segunda fase da Série C. Aliado a isso a saída de Pimentinha e Cavalcanti. Mas apesar disso, o Sampaio foi além e conquistou o acesso para a Série C. Acesso que passa por três jogadores: Eloir, Lucas e Leandro Kível: um velho conhecido e dois reforços da reta final.

Vamos por parte. Quando o Sampaio teve sua queda de produção, junto com o time Eloir sumia nos jogos. Entretanto o contrário também aconteceu. Eloir voltou a jogar bem, o Tricolor reencontrou os caminhos da vitória, avançou para as quartas de final e garantiu o acesso.

Se até o jogo contra o CRB, Eloir tinha apenas três gols marcados, a partir da partida contra o Rio Branco-AC, o meia balançaria as redes com mais frequência. Em quatro jogos, três gols marcados, sendo dois de pênalti, e o gol que tranquilizaria o time no empate com o Macaé em 1 a 1, onde o time garantiu o acesso.

Destes gols, o gol marcado no jogo de volta contra o Macaé é a marca registrada de Eloir. Aparecendo como elemento surpresa no meio, e aproveitando uma bola rolada na área adversária.

Agora vamos ao segundo fator: Leandro Kível, um dos artilheiros do Brasil com 20 gols na temporada, sendo três pelo Sampaio. Poderiam ser quatro, caso não perdesse o pênalti diante do Rio Branco-AC. Apesar disso, nada que desanimasse o novo artilheiro Tricolor, que com sua movimentação no ataque, voltando até a linha de meio-campo, tem ajudado a equipe.

O último fator foi o reforço mais produtivo do Sampaio na reta final da Série C. Lucas, 23 anos, cinco jogos no time maranhense, uma assistência e três gols marcados. Os gols de Lucas foram decisivos diante do CRB e Macaé, além de ajudar a equipe a conquistar a vitória diante do Rio Branco, com assistência para o gol de Leandro Kível.

O trio citado foi responsável por nove dos 12 gols marcados pelo Sampaio nos últimos cinco jogos. Além destes, somente Arlindo Maracanã e Paulo Sérgio, com gols diante do Fortaleza, e Tote, com um gol no jogo de ida diante do Macaé, balançaram as redes.

Eloir centralizado e com Lucas pela esquerda, aliados à movimentação de Kível, Sampaio é fatal nos últimos jogos
Ainda vale destacar que os números são explicados pela forma como o time tem jogado. Eloir voltou a ser o dono da faixa central, aparecendo como elemento surpresa quando necessário, enquanto Lucas atua mais pela esquerda no meio, mas quando necessário vira até um segundo atacante, e Kível, como típico centroavante, mas também com movimentação, dentro e fora da área, abrindo os espaços para a dupla de meias. Após o acesso, o trio tem a missão de levar o Sampaio ao bicampeonato da Série C.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Demissão injusta

Celinho não é mais treinador do Moto
Celinho assumiu o Moto com a missão de voltar para a Primeira Divisão do Campeonato Maranhense. Cumpriu com êxito, e apesar do tropeço inicial, muita tranquilidade. Na Copa Cidade, classificação com três vitórias na fase de grupos, 100% de aproveitamento, mas o empate fora de casa com o Cordino e a derrota por 2 a 0 que custou a eliminação do time.

Fator que provocou a saída do treinador. Celinho deixa o Moto após 13 jogos, nove vitórias, dois empates e duas derrotas. Montou um time promissor, que parou em uma equipe disciplinada e efetiva defensivamente. O maior questionamento é sobre a saída de Felipe da equipe titular para a entrada de Ulisses. Mas a questão vai além de campo.

Pelos números e pela forma como o Moto estava jogando, forma pela qual o time tem (tinha) um bom futuro na próxima temporada, Celinho não devia cair. Errou a diretoria, mas quer voltar a acertar. A questão dos dois meses de salários atrasados também pesou na demissão.

Mas vale lembrar que após a conquista da Série B Maranhense, Celinho já havia anunciado que poderia deixar o Moto. Apesar da ameaça seguiu no time, evoluiu junto com o time e caiu com a equipe. Agora fica a icógnita sobre o futuro do Moto na Copa Cidade e também sobre o elenco. Resta saber como o time irá se remontar e se terá fôlego de se recuperar de sua primeira crise após sua volta.

domingo, 27 de outubro de 2013

Moto 0x2 Cordino - a vitória da disciplina defensiva

Cordino segurou o Moto / Biaman Prado/O Estado
Uma vitória construída em cima das virtudes defensivas. Assim pode ser definido o triunfo do Cordino diante do Moto, por 2 a 0, que garantiu o time de Barra do Corda na final do primeiro turno da Copa Cidade. A equipe executou com perfeição a função de anular as duas principais peças do ataque rival e em dois contra ataques matou o jogo.

Armado no 4-2-3-1 com a novidade de Ulisses entre os titulares, o Moto logo sucumbiu diante da forte marcação do Cordino, armado no 4-1-4-1, aliado com a marcação individual de Sandro e Régis, respectivamente, em Ulisses e Wanderley, responsáveis por movimentar e municiar os demais integrantes do ataque rubro-negro.

Celinho ainda tentou livrar seus jogadores da marcação individual, invertendo Ulisses com Henrique, que era marcado por zona, e lançando Wanderley como centroavante. Em vão. Sem espaços para invadir a área, o Moto arriscava de longe com Gleisson, esperando uma falha de Jairo, mas nada.

4-1-4-1 do Cordino foi perfeito na marcação e fundamental na vitória diante do Moto
Até que aos 16, Baby, que jogava como um ala, mas voltando para apoiar na marcação, avançou pela direita, tocou para Rivelino, que estava centralizado. O camisa 7 tabelou com Keulson, antes de abrir o placar no Nhozinho Santos. O Cordino soube explorar o espaço deixado pelos laterais rubro-negros, que subiam para atacar, mas ficavam sem cobertura.

Foi assim que saiu o segundo gol. Novamente Baby, mas dessa vez um lançamente longo para Clailson, que avançou pelas costas de Hugo. O camisa 11 tocou, Dandô, chegou pela esquerda e finalizou. 2 a 0 ainda no primeiro tempo e fatura liquidada.

Moto tentou furar o bloqueio aumentando a intensidade no ataque com seu 4-1-2-3
Na etapa final, novamente Celinho tentou confundir a defesa do Cordino tirando o volante David para a entrada de Felipe e armando o time em um 4-1-2-3, com Ulisses e Wanderley centralizados. A marcação individual ainda era implacável e o Moto não tinha espaço. O jeito foi apostar na individualidade de Felipe, que mesmo assim não conseguia vencer os marcadores.

Por causa de Felipe, Baby passou a apoiar pouco o ataque e Rivelino, antes centroavante, agora voltava até a linha de meio e só arracanva em contra ataques do Cordino. Para compor a marcação na esquerda Luís Miguel abriu mão da marcação individual, pois já tinha conseguido interditar a frente da área e colocou Michel no lugar de Dandô. Com isso, Sandro ficou responsável pela direita, fazendo marcação por zona em Felipe, enquanto Michel atuava como um volante.

Cordino interditou a área e deixou o Moto sem condições de atacar
Celinho apostou todas as fichas para a virada, quando tirou Ulisses e Bruno Limão para colocar Toquinho e Roni. Roni, apesar de atacante atuava como lateral-direito, mas quando subia, era de Wanderley a missão de cobrir o setor. Já Toquinho reforçou a faixa central do ataque com Wescley. Mas nem assim a zaga de Barra do Corda foi vazada. Pelo contrário, com Baby e Clailson abertos, o time visitante quase chegou ao terceiro gol. Mas já não era preciso. A vaga para a final do turno da Copa Cidade já estava carimbada.

sábado, 26 de outubro de 2013

Macaé 1x1 Sampaio – susto e acesso boliviano

O empate com o Macaé garantiu o acesso do Sampaio para a disputa da Série B em 2014. Um feito um tanto que esperado após a vitória por 5 a 3 no primeiro jogo em São Luís, mas que contou com um susto quando William colocou o Macaé na frente, mas logo Eloir tratou de carimbar o passaporte do time maranhense para a Série B.

O primeiro tempo contou com amplo domínio do Macaé, que explorava as jogada laterais e a inofensividade do Sampaio. A lateral-esquerda, onde Airton costuma apoiar o ataque, estava inerte, já que o jogador abdicou da jogada para tentar defender. Em vão. Daniel encontrou uma avenida por ali e revezava com Marcelo para saber quem faria o cruzamento buscando William dentro da área.

Pelas laterais e com os avanços de Marcelo, Macaé sufocou o Sampaio no primeiro tempo
Pela direita, a responsabilidade era de Norton e Lucas, que também faziam o revezamento para explorar o baixo poder de marcação de Tote. O Sampaio tentava criar principalmente pela esquerda com Cleitinho, mas o meia estava em uma péssima noite. A priori, o 4-1-2-1-2 do Macaé levava vantagem diante do 4-2-3-1 do Sampaio.

O resumo da primeira etapa foram basicamente os cruzamentos do Macaé, concluídos para fora do gol, contra poucas chances do Sampaio. O Tricolor de fato criou uma boa oportunidade, quando Lucas passou a jogar pela esquerda, arrancando para boas tabelas com Leandro Kível, mas que geralmente eram interceptadas pela defesa macaense.

Na etapa final, Kível invertia com Lucas a função de centroavante no Sampaio
Na etapa final, o Macaé voltou com a entrada de Sérgio Junior no lugar do zagueiro Laerte, justamente para explorar as bolas aéreas. A troca deu certo. Após cruzamento na aérea, Sergio escorou e William abriu o placar para os donos da casa. O Sampaio parecia acusar o golpe e não conseguia impor o seu jogo.

Até que aos 10 minutos, Cleitinho arrancou pela esquerda e chutou lembrando seus bons tempos. Depois dessa jogada, o próprio Cleitinho pegou a bola pela esquerda, tocou para Kível, que deixou para Eloir acertar o chute e empatar o jogo. Com o gol o Sampaio melhorou em campo, mas devido aos espaços deixados pelo Macaé.
Macaé passou para o 4-3-3 e perdeu a defesa no meio, deixando espaços para o Sampaio contra atacar

Como o time fluminense precisava de mais dois gols, o zagueiro Cleber Carioca se juntou a William e Sergio Junior na frente, formando um trio ofensivo para aproveitar os cruzamentos. O Alvinil não conseguia se infiltrar na zaga maranhense, mas levava a melhor em quase todas as bolas cruzadas na área.

O Sampaio passou a explorar os espaços deixados, já que a equipe praticamente não tinha mais volante. A partir de então não foram raros lances em que Kível, ou Lucas, recebiam a bola no meio-campo, com espaço para arrancar até a área do goleiro Luiz Henrique. Apesar dos espaços, nenhum outro gol saiu. O resultado sacramentou o acesso do Sampaio e pela terceira vez seguida o Macaé foi eliminado nas quartas de final da Série C

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A evolução do Sampaio em 2013: das eliminações no primeiro semestre à briga pelo acesso para a Série B

Lucas é o novo destaque do Sampaio / Paulo de Tarso Jr.
Everton Goiano e Flávio Araújo. Dois treinadores que simbolizam bem os momentos pelos quais o Sampaio passou em 2013. Everton comandou a equipe no início da temporada e sofreu com a eliminação do time do Campeonato Maranhense e da Copa do Brasil. Flávio chegou depois, pôs ordem na casa e levou a equipe para a briga pelo acesso para a Série B.

Muitos são os fatores que explicam a mudança no Sampaio: desde reforços à relação com o treinador, mas vamos nos limitar a parte tática. Com a chegada de Everton Goiano, o Sampaio também perdeu uma de suas peças decisivas em 2012, o lateral-direito Ronery, que foi para o Mogi Mirim e posteriormente para o Paraná. O treinador teve seu primeiro desafio em achar um substituto a altura: uma missão nada fácil.

Chegou Ley, que formaria a base da equipe titular, junto com Célio Codó, Deca, Robinho, Simplício, Pimentinha e Cleitinho. Destes citados, nenhum é titular no atual momento. Apesar de Pimentinha ter um papel fundamental no Tricolor, no Campeonato Maranhense o atacante foi bastante prejudicado pelas lesões, o que obrigou Everton à montar a equipe base com Edgar.

O time basicamente atuava no 4-3-1-2, com Cleitinho como a ponta do losango no meio, municiando o ataque, que contava com Codó e Edgar, ou Pimentinha. Além disso, Arlindo jogava como um volante pela direita, dando suporte nas jogada de linha de fundo, enquanto Eloir atuava na faixa esquerda.

Com o 4-3-1-2 de Everton Goiano o Sampaio fracassou no primeiro semestre
Foi com este desenho que o Sampaio acabou sendo eliminado nas semifinais do primeiro turno do Campeonato Maranhense e na primeira fase da Copa do Brasil. Eliminação que custou a saída de Ley para Denílson ganhar a titularidade no time. Mudança apenas de nomes. Posteriormente a equipe, que contava com a base formada por Rodrigo Ramos; Denílson, Mimica, Robinho e Deca; Robson Simplício, Arlindo Maracanã, Eloir e Cleitinho; Pimentinha e Célio Codó ainda chegaria as finais do returno do Estadual, mas seria superada pelo MAC.

Resultados que culminaram na demissão de Everton Goiano e no retorno de Flávio Araújo. Junto com o treinador, o resgate do 4-2-3-1, inicialmente com Codó, depois com Tiago Cavalcanti e Kível. Além disso, Paulo Sérgio se firmou na zaga, devido à má fase de Robinho, Toti foi promovido na direita, após alguns jogos revezando com Denílson e Cleitinho, que começou a Série C entre os titulares, perdeu espaço, devido à sua lesão.

Com a velocidade de Pimentinha e Cleitinho pelos lados, o Sampaio atropelou os rivais no início da Série C
Outra novidade foi a efetivação de Jonas como titular, o que acontecia em alguns jogos da era Éverton Goiano. Mas a mudança mais sentida, logo no início da Série C. Com Rodrigo Ramos; Toti, Mimica, Paulo Sérgio e Deca; Jonas, Arlindo Maracanã; Pimentinha, Eloir e Cleitinho; Tiago Cavalcanti; o Sampaio atropelou seus adversários no primeiro turno da Série C.

A intensa movimentação pela direita, e os arranques de Cleitinho e Pimentinha pelos lados, além de Eloir chegar como elemento surpresa na faixa central, facilitavam o jogo ofensivo do Sampaio.

Entretanto, veio o segundo turno e muitas modificações. A dupla Cavalcanti e Pimentinha deixou o time. Cleitinho se lesionou, Eloir caiu de produção e a equipe passou por um jejum de cinco jogos sem vencer. Para suprir as baixas, chegaram Lucas, Ribinha e Kível, além do lateral-esquerdo Airton, que logo assumiu a vaga de Deca.

Em jogos complicados, três volantes na frente da defesa para conter os ataques adversários
Neste mesmo período, Flávio também adotou um estilo de jogo mais cauteloso. Diante de jogos complicados, ao invés de atuar apenas com dois volantes, a equipe migrava para o 4-3-2-1, diminuindo os espaços defensivos, mas perdendo um pouco de sua ofensividade.

Apesar disso, o Sampaio conseguiu a reação com o encaixe fundamental de um reforço no time: Lucas. Contratado para fazer a função de Pimentinha, o desafio do meia não foi fácil. Estreia regular diante do Santa Cruz, mas posteriormente, diante do CRB, Rio Branco-AC e Fortaleza, decisivo em três destes jogos.

Antes pela direita, agora fatal pela esquerda: Lucas é o principal jogador do time na fase decisiva da Série C
Atuando pela esquerda e centralizando quando necessário, Lucas é a nova arma do Sampaio. Além disso, Arlindo Maracanã passou a atuar como volante pela faixa esquerda. Mudanças que fizeram o Sampaio apagar a sequência de cinco jogos sem vencer, para seis jogos de invencibilidade e agora a um jogo da Série B em 2014.

domingo, 20 de outubro de 2013

Sampaio 5x3 Macaé - jogo de muitos espaços

Jogo teve muita velocidade / Paulo Tarso Jr./Imrante.com
Um jogo de muitos espaços. Assim pode ser definido o confronto entre Sampaio e Macaé, que terminou com a vitória maranhense por 5 a 3. Tantos espaços, que proporcionaram ao torcedor oito gols, sendo cinco deles somente no segundo tempo. Venceu o time mais objetivo, mas que recuado, quase viu uma goleada ser destruída pelo rival.

As duas equipes entraram em campo postadas no 4-2-3-1 sem medo de atacar. Ambos usavam o setor direito de seus ataques para criar boas chances e assim o jogo foi se desenhando. No primeiro tempo, o Sampaio praticamente não conseguiu invadir a área do Macaé. Daí, a necessidade de arriscar os chutes de fora da área.

Foi assim que Leandro Kível abriu o placar aos sete minutos. O gol do Macaé contou com a ineficiência defensiva de Airton, sendo explorada por Valdir, que cruzou rasteiro para William marcar. O Sampaio chegou ao 2x1 novamente com Lucas, que saiu da esquerda, centralizou e chutou. Movimentação que o meia tem feito desde sua chegada ao Sampaio.

Os dois times deixaram espaços para os ataques armados no 4-2-3-1
O placar refletia até então o jogo, que era muito equilibrado. Mas o segundo tempo foi de um Sampaio fulminante em 16 minutos. Novamente os gols saindo devido a grande movimentação do time maranhense. A jogada do terceiro contou com uma movimentação muito utilizada pelo time.

Cleitinho, que estava atuado centralizado na linha dos três meias, voltou para antes do meio-campo, tocou para Toti, que subiu como um ponta-direita. Ribinha, já ocupava o meio e tabelou com Toti, no momento da inversão. Tabela decisiva para o lateral invadir a área e fazer 3 a 1.

No 4 a 1, Ribinha recebeu uma bola invertida da esquerda para a direita e cruzou, Lucas já estava atuando como um dos atacantes no 4-4-2 em linha do Sampaio. Kivel tentou o chute, mas o goleiro defendeu. O rebote foi explorado por Lucas, que converteu o gol. O Sampaio era obrigado a buscar os ataques pela direita, já que nas esquerda, Valdir praticamente conseguiu anular as ações de Airton. Novamente da direita começou a jogada do quinto gol. Cruzamento de Ribinha e Kível sofre pênalti. Eloir faz o 5x1.

Goleada construída aos 16 minutos do segundo tempo. Com o placar, Flávio Araújo preferiu fechar o time. A equipe passou do 4-2-3-1 para o 4-3-1-2, chamando o Macaé para o seu campo. Johildo entrou no lugar de Ribinha e atuava como um volante central na linha de três antes da defesa. O Macaé começou a chegar. Tentava explorar as jogadas pelos lados, mas pelo meio que o time obteve resultado. Johildo perdeu a bola no meio-campo, que foi lançada para Marcelo. O meia arriscou de longe e diminuiu. Mesmo perdendo por 5x2 o Macaé mantinha seu estilo de jogo, o que deixava o jogo aberto para as duas equipes.

Sampaio migrou para 4-3-2-1 chamando o Macaé para o campo de ataque
 Entretanto, o Sampaio escolheu somente se defender enquanto o time fluminense atacava. Pressão que resultou no terceiro gol do Macaé, quando Norton tabelou com Johildo, novamente pela zona central, onde Johildo deveria dar um suporte maior, e invadiu a área para fazer o terceiro.

O jogo era aberto. Quando o Sampaio escolheu atacar conseguiu seu resultado. A partir do momento que optou por segurar o jogo, faltando 25 minutos para o fim da partida, sabia que teria que enfrentar uma pressão de uma equipe que não tinha medo de atacar, mesmo sendo goleada. O que poderia ser uma ampla vantagem, agora é uma vantagem mínima.

O Macaé, que até aos 38, precisaria golear os maranhenses por 4 a 0 na volta, agora pode conquistar o acesso com 2 a 0. No Moacyrzão, se Flávio mantiver a escalação no 4-2-3-1, novamente devemos observar um jogo cheio de espaços e com emoção até o minuto final.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Moto ofensivo e promissor na Copa Cidade

Papão tem o melhor ataque da Copa Cidade / Zeca Soares
Uma campanha perfeita na fase de grupos, melhor ataque do torneio e a classificação para as semifinais. A vida do Moto foi tranquila na primeira fase da Copa Cidade e, se não houver surpresas, a vaga na final do turno será confirmada sem sustos diante do Cordino.

Foram nove gols marcados e apenas dois sofridos. A defesa teve pouco trabalho e o ataque, armado pelo técnico Celinho, pressionou seus rivais como nunca. O 4-3-3, que varia entre um 4-2-3-1 e o 4-2-1-3 deu ao Moto, o volume de jogo suficiente para atropelar seus adversários.

No 4-2-1-3, a movimentação de Felipe e Wescley é fundamental para o sucesso ofensivo do time
A velocidade de Henrique e a polivalência de Felipe, que atua na faixa esquerda do ataque e também volta para ajudar o meio-campo são dois dos principais pontos dessa equipe. Além disso, os passes precisos de Wanderley e o pivô feito por Wescley ajudaram o time a converter o volume de jogo em resultado.

Apesar de se destacar principalmente no papel do típico centroavante, Wescley também é o responsável por municiar Felipe e Henrique, quando estes atacam pelos lados. Foi assim nos gols em que Henrique marcou diante do Imperatriz e Maranhão, quando Wescley estava quase na faixa do meio-campo e lançou para o promissor atacante.

O 4-3-3 vira um 4-2-3-1 quando o time fica sem a bola e Felipe e Henrique voltam para compor o meio com Wanderley
A versatilidade ofensiva deste 4-3-3 rubro-negro torna o time um grande favorito ao título da Copa Cidade. Os rivais ainda não conseguiram conter o ímpeto ofensivo do time e pelo que se desenha o grande teste será em uma possível final contra o Sampaio, que provavelmente deverá contar com força máxima em caso de eventual decisão.

Pelo demonstrado até aqui nesta primeira fase do torneio, o rubro-negro tem um futuro promissor. Ainda nesta temporada o trabalho pode ser coroado com a vaga na Copa do Brasil, mas dada as circunstâncias, o time também deve chegar na próxima temporada como o favorito para ficar com a vaga maranhense na Série D.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sampaio 2x0 Cordino – Bruno Chocolate resolve

Ataque contra defesa. Assim foi o primeiro tempo entre Sampaio e Cordino, terminando sem gols. No segundo tempo, a ilusão de que a equipe de Barra do Corda poderia peitar o Sampaio, aí Bruno Chocolate definiu a vitória Tricolor por 2 a 0. O atacante saiu do banco de reservas para dar movimentação ao ataque e solucionar o problema da retranca cordina do primeiro tempo.

Armado basicamente em um 4-4-2, com um quadrado torto no meio-campo, já que Rayllan aparecia no setor pela esquerda, enquanto Pedro Junior estava centralizado, o Sampaio esperava até um jogo mais fácil. Entretanto, o técnico Luís Miguel Oliveira montou basicamente um 4-1-4-1, com o lateral Michel com ala e Régis fazendo uma marcação pessoal em Pedro Junior, que tinha que fazer a articulação Tricolor, enquanto Sandro fazia a marcação individual de Léo Paraíba.

O 4-1-4-1 do Cordino brecou o ataque do Sampaio, principalmente por causa da marcação individual
Encaixes que praticamente anularam a criação do Sampaio. No primeiro tempo a melhor chance foi quando o Tricolor fez movimentações e surpreendeu o Cordino. Rayllan arrancou, puxando o seu marcador no momento, Junior Bahia, abrindo espaço para Pedro Junior, que em um cochilo de Règis, saiu mano a mano com Jairo. O goleiro defendeu e no rebote a bola sobrou para Junior Chicão, que tinha o gol todo a disposição, mas mandou no travessão. Foi a grande chance dos primeiros 45 minutos.

Estático o Sampaio não conseguiu furar o bloqueio do Cordino, que pouco atacou. Rivelino na frente, tentava explorar um pouco as subidas de Michel, mas sem perigo para a defesa do Sampaio.

Veio o segundo tempo e as duas equipes mudaram. No Sampaio, entrou Bruno Chocolate no lugar de Léo Paraíba e no Cordino mudou a mentalidade: de um time recuado, para um time mais ofensivo. Erro mortal da equipe de Barra do Corda. O primeiro golpe logo aos sete minutos, com Deca ligando um contra ataque. Bruno Chicão, que jogava quase como um ponta direita, apareceu na esquerda, na costa da zaga do Cordino, e teve paciência para tocar na saída do goleiro Jairo.

Bruno Chocolate deu a movimentação necessária e o Sampaio aproveitou o momento de coragem do Cordino
O segundo gol também veio com a decisão de Bruno Chocolate. Novamente saindo da esquerda pela direita, o atacante driblou o goleiro Jairo e cruzou para Chicão, que embaixo do gol só empurrou para o fundo da rede. O Cordino abdicou de somente defender, e acabou colocando Sandro para fazer a marcação individual de Pedro Junior e Regis basicamente virou um lateral-esquerdo. Os espaços que o Sampaio precisava surgiram e os gols saíram.

Após o 2-0, o Cordino voltou a se defender, basicamente formando um 4-6-0. Rivelino, que chegava ao ataque estava no meio-campo e só avançava quando o time estava com a bola. Apesar disso, o Cordino ainda criou boas chances, a maioria de bolas paradas, mas não conseguiu descontar.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Gratificação

Uma cena no mínimo inusitada circula nas redes sociais desde a noite de segunda-feira. Uma foto do presidente do Ceará, Evandro Leitão, e o gestor financeiro do clube, Sérgio Costa, com o capitão do Sampaio, Arlindo Maracanã. Inicialmente o trio com a camisa do Tricolor, mas outra cena chama atenção: Arlindo sentado na mesa com dois maços de notas de R$ 100. Uma gratificação alvinegra, giraria em torno de R$ 20 mil, pela eliminação do Fortaleza na Série C.

As imagens não tiveram autoria divulgada e nenhuma das partes se pronunciou sobre o assunto. O certo que o Sampaio conseguiu um empate com o Fortaleza no último domingo, eliminando os cearenses da Série C e garantindo a sua vaga nas quartas de final. Vale lembrar, que com, ou sem incentivo, o Tricolor precisava do empate, pois o Treze venceu o Santa Cruz.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A dramática classificação do Sampaio

Sampaio eliminou o Fortaleza em pleno Castelão / Kid Junior/Agência Diário
No último minuto. Com emoção. Assim como foi esperado, um jogo tenso e dramático, mas com um final feliz para o Sampaio. O empate em 2 a 2 com o Fortaleza, com o gol de Paulo Sérgio, aos 47 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação do Tricolor para as quartas de final do torneio e deixando a equipe a dois jogos do acesso para a Série B.

O técnico Flávio Araújo surpreendeu na escalação e, diferente do que muitos esperavam, montou um time ofensivo, com Cleitinho sendo o substituto de Eloir. Tanto o Sampaio, quanto o Fortaleza, deixavam espaços, era um jogo de ataques, quem fosse eficiente, venceria.

Os cearenses abriram o placar logo aos quatro minutos, após um pênalti duvidoso. O braço esticado de Airton, com a queda imediata de Robert deram margem para a marcação. Waldison cobrou e abriu o placar aos quatro minutos. O segundo gol também veio com bola parada. Guaru aos 20 minutos do primeiro tempo, cobrou falta direto pro gol. E assim terminou o primeiro tempo: Fortaleza 2x0 Sampaio.

Apesar da derrota, o Sampaio ainda estava se classificando devido a combinação dos resultados. Entretanto, a partir dos 32 minutos da etapa final, o filme foi mudando. Arlindo Maracanã descontou para os maranhenses. O jogo seguia 2 a 1 até aos 39 minutos.

Nesta altura, em Campina Grande, o jogo entre Treze e Santa Cruz estava 0 a 0. Mas quando o relógio chegou ao minuto 39 em Fortaleza, no Amigão, o cronômetro marcava 44 minutos. Momento do gol de Geancarlo: Treze 1x0 Santa Cruz. Com a vitória paraibana e a derrota diante dos cearenses, o Sampaio estava ficando fora da Série C.

Mas aos 47 minutos do segundo tempo, um chute da intermediária e o desvio caprichoso de Paulo Sérgio, para marcar o gol do empate, da eliminação do Fortaleza e da classificação do Sampaio para as quartas de final.

Um jogo que resume como foi a vida do Sampaio na Série C: o momento todo entre os classificados, um vacilo no final, a dependência de uma série de resultados, mas decisivo na hora certa. Agora são dois jogos contra o Macaé para decidir o acesso.

sábado, 12 de outubro de 2013

As opções de Flávio Araújo

O técnico Flávio Araújo tenta esconder o jogo do Sampaio para encarar o Fortaleza neste domingo, na rodada decisiva da Série C. Com o desfalque do meia Eloir, suspenso, e o retorno de Mimica, o treinador pode contar com várias opções para armar o time, ofensivamente ou defensivamente.

Considerando que o time deve seguir contando apenas com Kível como centroavante, Flávio possui opções para a lateral-esquerda e para o meio-campo. Caso a prioridade seja a defesa, há a possibilidade de Deca retornar ao time, já que este sobe menos ao ataque do que Airton, que tem mais qualidade, mas costuma apoiar mais o setor ofensivo.

No meio-campo, com a vaga aberta de Eloir, o time pode passar a atuar com três volantes, considerando a entrada de Simplício e a manutenção de Arlindo Maracanã mais recuado. Desta forma, a linha de frente seria formada basicamente por Ribinha e Lucas, no meio, com Kível no ataque.

Considerando que o treinador monte um time ofensivo, Airton deve ser mantido e Cleitinho pode aparecer como uma "surpresa" na escalação. Neste aspecto, a equipe pode permanecer com Arlindo e Jonas como volantes, ou ainda, Arlindo ceder espaço para Robson, que tem um pode de marcação maior.

São as opções do técnico Flávio Araújo para o jogo decisivo contra o Fortaleza. Defender ou atacante será o grande dilema. Os donos da casa terão o provável time com lávio; Eduardo, Fabricio, Charles e Marinho Donizete; Esley, Caucaia e Guaru; Waldison, Assisinho e Robert. Provavelmente o clássico 4-3-3 com Robert centralizado , enquanto Assisinho e Waldinson devem jogar pelas pontas.

Mistério, classificação em jogo e casa cheia. Todos os elementos para uma grande partida entre Fortaleza e Sampaio. Agora é esperar as 16h deste domingo e saber quem levará a melhor nessa dramática Série C.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vitória para renovar a moral

Sampaio vai embalado para Fortaleza / Paulo de Tarso Jr./Imirante.com
O Rio Branco-AC está longe de ser o adversário de ter sido o adversário mais complicado do Sampaio na Série C. Entretanto, a forma como o Tricolor atuou contra os acreanos, com garra e um excelente nível técnico, garantindo a vitória por 2 a 1, renovam o ânimo do time no momemnto decisivo da fase de grupos do torneio.

Com, no mínimo, a permanência na Série C assegurada, o Sampaio, agora vice-líder com 32 pontos, vai encarar o Fortaleza, podendo se classificar até com um empate. Um jogo de nervos, onde as duas equipes precisam mostrar tudo o que sabem para confirmar a vaga nas quartas de final da Série C.

Se levar em conta o que o Sampaio apresentou contra o Rio Branco-AC, é possível até mesmo uma vitória. O time voltou a jogar como jogava no início do torneio. Muita movimentação no ataque, algumas infiltrações pelo meio e explorando excessivamente os cruzamentos (o que não é propriamente dito uma virtude).

O 4-2-3-1 de Flávio Araújo deu certo. Liberandos os dois laterais para o ataque, Jonas revezando com Arlindo quem ficaria no apoio à zaga e Eloir voltando a aparecer muito bem no centrol, enquanto Lucas e Ribinha conduziam o time pelos lados, além de fazer avanços em diagonal. Kível, novamente mostrou sua capacidade técnica de ser um bom centroavante, o que pode fazer a diferença na última rodada.

Foi assim que nos primeiros 15 minutos do jogo, com a blitz Tricolor sufocando os acreanos. O gol demorou a sair, as chances foram desperdiçadas, mas logo Eloir abriu o placar, convertendo um pênalti. Ainda no primeiro tempo o time passou para um 4-2-1-3, com Lucas e Ribinha sempre abertos, mas agora dando muito mais apoio ao ataque, do que voltando para o meio.

A pressão sobre os acreanos aumentou e em um vacilo na saída de bola, já no segundo tempo, Lucas roubou a bola, tocou para Kível, que fez o segundo, se redimindo da penalidade perdida. O Rio Branco-AC ainda descontou com Neto, mas nada que preocupasse a vitória maranhense.

O certo que Lucas novamente se destacou, principalmente por sua movimentação, no ataque e no meio. Mudaram apenas as peças, porque o estilo de jogo continua o mesmo. Entretanto, o Sampaio tem que ser menos dependente de cruzamentos, como vem sendo ao longo de toda esta Série C.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sampaio vivo

Vitória sobre o CRB recolocou o Tricolor na briga / Biaman Prado/O Estado
Apesar do péssimo primeiro tempo contra o CRB, o Sampaio conseguiu se recuperar na etapa final, e, quando pressionou, conseguiu a vitória. Triunfo que foi possível somente com o belo gol de Lucas, garantindo os três pontos ao time, após cinco partidas sem vitória. Triunfo que mantém o time vivo na briga por uma vaga nas quartas de final e reascende o sonho do acesso para a Sèrie B.

Agora o Sampaio terá pela frente dois jogos, uma vantagem nesse equilibrado grupo A. O primeiro será contra o Rio Branco-AC. Se não ocorrer nenhuma anormalidade, o time maranhense deve conquistar uma vitória tranquila chegando aos 32 pontos e assumindo a vice-liderança. Qualquer resultado que não seja a vitória neste jogo, praticamente zera as chances de classificação.

Depois do Rio Branco-AC, o Tricolor encara o Fortaleza na última rodada. Nesta partida, a classificação pode ser possível até com uma derrota (considerando que o time tenha vencido o Rio Branco-AC). Se for derrotado pelos cearenses, o time maranhense se classifica caso Luverdense, Treze e Brasiliense não vençam seus jogos.

Em caso de empate com os cearenses, o Tricolor tem boas chances de se classificar por causa do saldo de gols. Caso Brasiliense e Treze vençam ficam com 33 pontos, assim como o Sampaio. Os paraibanos ficariam na frente pois chegariam às 10 vitórias, mas o time candango, devido ao saldo de gols, ficaria atrás dos maranhenses.

Ou seja, assim como a vitória, o empate diante do Fortaleza valerá a classificação para os maranhenses. São seis pontos em jogo, onde o time precisa conquistar quatro para não depender de nenhum outro resultado e seguir sonhando com o acesso.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Roniery: do JV Lideral para ser um dos melhores da Série B

Roniery: destaque na Série B pelo Paraná
Destaque do Paraná na lateral-direita, Roniery é um dos promissores jogadores da Série B do Brasileirão. Evolução que aconteceu de forma lenta na vida do jogador, apontado como o melhor da posição no torneio e que já estaria inclusive na mira de clubes da Série A, como o Coritiba.

Aos 25 anos, Roniery ainda tem tempo para conquistar espaço em um grande clube do Brasil e já mostrou ser digno de tal confiança. A carreira do lateral-direito começou avassaladora no JV Lideral, onde revezava a titularidade da lateral-direita com Bruno Limão.

Foram duas temporadas no JV Lideral, de onde saiu em 2010 apenas com o título do Campeonato Maranhense de 2009, já que o time abandonou o Estadual do ano seguinte por discordar de atitudes da Federação Maranhense. Do JV Lideral, Roniery desembarcou no Fortaleza em 2011. Foi titular da lateral-direita do Leão do Pici no Estadual e na Copa do Brasil, período em que o time foi comandado por Flávio Araújo. Entretanto o fracasso do Leão no Estadual obrigou a diretoria a reformular o elenco Tricolor, com a demissão de Flávio Araújo e a dispensa de vários jogadores, entre os quais estava Roniery.

No Fortaleza, Roniery foi dispensado após o Estadual
Aos 22 anos e sem clube, a carreira de Roniery dava um passo para trás, apesar de ter feito um Estadual razoável pelo Fortaleza. Após a saída do Tricolor cearense, o lateral-direito passou os seis meses finais daquele ano sem clube e só voltou a campo em 2012, quando acertou com o Sampaio, sendo um dos últimos reforços anunciados pelo Tricolor maranhense no início da temporada.

A volta ao Sampaio foi o reinício para Roniery. Na época, o time comandado por Josué Teixeira contava com Arlindo Maracanã como titular da posição e Roniery entrava no decorrer dos jogos. Entretanto, o treinador foi demitido após o primeiro turno do Campeonato Maranhense, quando o Sampaio foi eliminado nas semifinais e Flávio Araújo foi contratado. A chegada de Flávio Araújo foi fundamental para que Roniery se firmasse de vez entre os titulares.

O novo treinador passou a escalar Arlindo Maracanã como volante deixando a lateral-direita livre para Roniery. Com a velocidade do baixinho no lado dos campos, os adversários não conseguiram parar o Sampaio, que se recuperou do fracasso no primeiro turno, conquistou o título do returno e foi campeão maranhense vencendo o Maranhão na final. Além do título com o Sampaio, Roniery foi eleito o melhor jogador da posição naquela temporada.

Na Série D, Roniery foi fundamental ao Sampaio
Após o Estadual veio outro desafio para Roniery. Na Série D, o lateral baixinho se destacou com sua velocidade, seus cruzamentos e suas tabelinhas com Pimentinha no ataque. O jogador foi peça fundamental na conquista do título invicto da Série D pelo Tricolor maranhense. Com o ano de 2012 perfeito, o Mogi Mirim se interessou no lateral e garantiu o seu empréstimo para a disputa no Campeonato Paulista de 2013.

No Sapo, Roniery chegou, e assim como no Sampaio, assumiu a titularidade da lateral-direita da equipe comandada por Dado Cavalcanti. Roniery ainda não sabia, mas Dado seria fundamental para um outro salto em sua carreira. No Paulistão, o lateral fez boas aparições com o alvirrubro do interior, com 17 partidas como titular.

Após o empréstimo ao Mogi, Roniery retornaria ao Sampaio. Entretanto, Dado Cavalcanti acertou com o Paraná e solicitou a contratação do lateral-direito. A diretoria do Tricolor paranaense atendeu ao pedido do treinador e acertou com Roniery por três anos. Contratação que ajudou o time paranaense a chegar até o terceiro lugar na competição, sendo um dos favoritos para conquistar o acesso para a Série A para 2014.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Campeonato Maranhense 2014: melhor, mas com efeito colateral

Quando a esmola é muita o santo desconfia. O ditado cabe perfeitamente na análise do novo formato do Campeonato Maranhense de 2014. A FMF resolveu enxugar o torneio, onde será necessário de 17 a 21 jogos para ser campeão, mas deu um contrapeso. Sampaio, Moto e Maranhão estão blindados contra o rebaixamento, já que deverão encabeçar o ranking da entidade, que servirá para destinar quais os clubes beneficiados com a irrebaixibilidade.

Vamos começar pelas boas novas. O Estadual, que antes era disputado em grupo único, com dois turnos, e os últimos campeões, Maranhão e Sampaio, conseguiram o feito, respectivamente, com 24 e 26 jogos, agora está mais curto. As 10 equipes serão divididas em dois grupos de cinco, onde no primeiro turno jogam entre si, avançam para as semifinais e final. No segundo turno os jogos serão com os times do outro grupo, os dois melhores de cada avançam e acontecem as semifinais e a final.

Se houver um campeão direto, vencendo o primeiro e o segundo turno, o time terá feito apenas 17 jogos. Uma redução considerável em relação aos anos de 2012-13. Entretanto, se for necessária a realização da final entre os campeões dos turnos, há a possibilidade de as duas equipes chegarem ao fim com 21 jogos disputados, o que ainda é muita coisa.

Aos poucos o formato está se ajustando. Considero desnecessário a realização de dois turnos no Maranhense. A melhor formula segue sendo os dois grupos, mas com turno único e jogos de ida e volta nas semifinais e finais.

O aspecto negativo ficou pela blindagem ao Sampaio, Moto e Maranhão que não poderão mais ser rebaixados. As equipes devem encabeçar o ranking da FMF, que vai evitar o rebaixamento do trio que estiver na liderança. Apesar de ser um critério, por “méritos”, soa imoral tal blindagem. O Moto já caiu duas vezes e voltou. Se o Moto, ou outro grande do Estado cair, que trabalhe para voltar, mas tal blindagem é ridícula e imoral.