domingo, 26 de dezembro de 2010

Desvalorizando a prata da casa

De acordo com o jornal O Estado do Maranhão, os três principais clubes da capital, Mac, Moto, Sampaio, contaram com 64 jogadores oriundos de outros estados. O próprio impresso faz a ressalta de que o Maranhão é considerado um celeiro de jogadores e que este número é deveras exagerado.

Reforçando esta tese, que já foi comprovada, a cada dia vemos maranhenses saindo do nosso futebol basicamente de graça, ou então surgem em grandes clubes sem nem terem passado por alguma equipe da terra, caso como o do atacante Guilherme. O atacante foi revelado pelo Cruzeiro-MG e foi negociado com o Dinamo de Kiev, da Ucrânia. Conhecido mundialmente, o atacante nunca atuou em um clube maranhense.

A desvalorização da prata da casa pelos dirigentes tem um alto custo, que gera consequências futuras. Hoje o atacante Misael, que fechou com o Vasco-RJ, tem 50% de seus direitos federativos com o valor fixado em R$ 2 milhões. Sampaio ou Moto poderiam ficar com grande parte desta quantia, caso soubessem aproveitar o talento do garoto na época.

Enquanto os bons jogadores vão rumando para outros lugares o futebol maranhense deposita sua esperança em atacantes como Selmir, que chegou cheio de badalação ao Sampaio no início de 2010. Com um vasto currículo todos apostavam que ele seria o homem gol, mas tudo o que foi testemunhado era um jogador lento, pesado e com dificuldades de finalização.

Entretanto este cenário parece estar sofrendo uma mudança. Com o trabalho dos novatos JV Lideral e Iape, ambos surgiram no futebol profissional em 2008, com a valorização de atletas maranhenses como um de seus objetivos. O JV Lideral foi campeão maranhense em 2009, o Iape conquistou a Copa União em 2010 e ficou com o terceiro lugar do estadual, em ambos os casos as equipes praticamente não contavam com jogadores de outros estados.

No final deste ano, o Sampaio parece que aderiu a campanha de valorizar o que tem em casa. Com a contratação do técnico Sandow Fecques, que levou o JV Lideral ao título estadual em 2009, tudo indica que os jogadores das categorias de base do clube, que são integralmente maranhenses, devem passar a ter oportunidades no time principal. Além disso, pelo rumo das contratações, jogadores maranhenses devem ter prioridade para compor o elenco tricolor em 2011.

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Um comentário:

  1. Meu caro,blogueiro.
    O que falta ao futebol no Maranhão é profissionalizar o Esporte. O futebol no seu Estado, nada mais é que uma Vazea Organizado por uma federação, que é legitimada pela Confederação Brasileira de Futebol.Nada em relação a futebol é levado a sério. Mesmo esses jogadores que são levados de outros estados para o Maranhão, além de invadir campos de trabalhos que seriam dos maranhenses, eles são lesados, enaganados,roubados e largados ao " deus dará" pelos amodoristicos que mapeia o esporte beltrão no Estado. Em alguns locais os campeonatos vazeanos são mais sérios, e dirigidos com mais transparencia que o Campeonato Maranhense de Futebol Profissional.
    Abraços

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