terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Que cacetada!

O Blog do Zeca Soares publicou uma matéria do jornalista Lenno Edroaldo, do jornal O Imparcial. De acordo com a reportagem, o diretor de futebol da FMF, José Alberto, estaria sendo caçado pelos presidentes dos clubes, pois ele não apóia mais a gestão de Alberto Ferreira.

De acordo com a reportagem, José Alberto é uma caixa-preta com todos os esquemas que rolam dentro da FMF. Além disso, se quiserem que ele saia, ele sairá, mas revelará tudo o que sabe.

Estranho é o diretor de futebol realizar esta declaração e continuar no cargo. Isso mostra, que ele é conivente com estas ações dos clubes, usando-as para ter seus benefícios. Além disso, mostra que na verdade os clubes estão mais ligados do que se imaginava com Alberto Ferreira.

Confira a matéria completa


As declarações a O IMPARCIAL do diretor-técnico da Federação Maranhense de Futebol (FMF), José Alberto de Moraes Rego, sobre possíveis irregularidades existentes no futebol local não foram as únicas prestadas a um veículo de comunicação do estado. Em pelo menos duas oportunidades o dirigente confidenciou à imprensa situações no mínimo no mínimo inusitadas envolvendo dirigentes de clubes e o próprio presidente da FMF, Alberto Ferreira.

As afirmações de José Alberto fazem parte de cópias sem edições ou cortes, encaminhadas a O IMPARCIAL.

As afirmações do diretor-técnico foram apresentadas aos radialistas Garcia Júnior e Galvão Santana, em 7 de janeiro, em entrevista no programa Balanço Esportivo, da Rádio Educadora AM; e em comentário feito pelo também radialista Josué Furtado, em 24 de janeiro, no programa Toque de Primeira, da mesma rádio. Nos dois programas o diretor da Federação disse haver uma “caixa-preta” na FMF, teceu severas críticas à administração Alberto Ferreira, assim como citou casos graves, como por exemplo a má conduta de dirigentes esportivos, subtraindo renda de seus jogos. Nos dois programas o dirigente também reiterou tudo o que já havia sido afirmado por O IMPARCIAL, na edição do último dia 25, dentre eles o fato de alguns clubes se negarem a pagar taxas de arbitragem, querer realizar jogos onde há deficiência de iluminação ou com ausência de ambulâncias.

A primeira declaração polêmica de José Alberto aconteceu a partir dos onze minutos e trinta (11’30”) do programa Balanço Esportivo. Na oportunidade ele foi enfático em afirmar aconteceram casos, embora não tenha dito quem, onde dirigentes de clubes ficaram com a renda das partidas sem pagar taxas, como por exemplo a de arbitragem. “Tem dirigente de clubes da Primeira Divisão do futebol maranhense que esperam acabar o primeiro tempo, vai na bilheteria de seu município, ‘raspa’ o dinheiro todo e não paga a arbitragem… onde a arbitragem volta porque eles já sabem. Então eles voltam ou vêm de carona. Aí no dia seguinte eu vou cobrar e dizer que mandarei o caso para o Tribunal”, afirmou.

Em outro trecho da entrevista Geografia [a partir dos 23’24”], como também é conhecido o dirigente, tenta justificar porque os clubes da primeira divisão haviam protocolado um documento na FMF exigindo sua saída da entidade. José Alberto então explica que parte da pressão seria porque defenderia o presidente Alberto Ferreira, mas que não estaria mais disposto a tal. “Em vários pontos o presidente da Federação é culpado porque ele não vem para a emissora contar para o público a realidade das coisas. Ele fica com uma caixa-preta, levando cipoada toda e sem dizer a realidade. Já cheguei a ponto de dizer a ele que estou cansado de defendê-lo.”

Confissão e ameaça?
A partir dos 23’45”, o radialista Garcia Júnior pergunta ao dirigente se existe “caixa-preta” na Federação e ele confirma. “Se tem? Tem sim”, disse José Alberto.

Mais à frente na entrevista, a partir dos 26’40”, Geografia é indagado sobre sua permanência à frente da diretoria técnica. Assim como afirmou a O IMPARCIAL ele disse que o cargo pertence à presidência, mas que se saísse, levaria a público os reais motivos desta decisão. “Fique sabendo o seguinte. Na hora em que eu sair vou dizer a verdade porque estou saindo!”

Outra afirmação, fato também anteriormente revelado por O IMPARCIAL, seria uma pressão exercida por integrantes da AMA Clubes para que um dirigente local assinasse documento exigindo a saída de José Alberto da Federação. “No dia da posse do secretário Joaquim Haickel [de Desportos e Lazer] um presidente de clube veio até mim e disse que só assinou o documento porque ele foi pressionado. Tanto que ele foi o último a assinar.”

No segundo programa, o radialista Josué Furtado relatou diálogo com José Alberto, onde este afirma saber muita coisa dos clubes e que poderia utilizá-las de acordo com sua conveniência. “Logo depois que sai da Mirante eu conversei com o diretor-técnico José Alberto e ele me disse, não pediu segredo, que sabe de muita coisa dos clubes.

Os clubes estão pedindo a cabeça dele e se insistirem ele disse que vai abrir a boca. Pode sair de perto porque existe muita coisa. Mas vamos esperar que não seja necessário isso, que a gente encontre o momento certo para sair desta crise que está se instalando no futebol do Maranhão. É preciso evoluir e melhorar”, comentou. As informações prestadas ao radialista são exatamente as mesmas que o Geografia prestou a O IMPARCIAL, mas que posteriormente disse a vários veículos de comunicação que teria sido mal interpretado.

Advogado propõe greve de torcedores
A crise de confiança que recaiu sobre o futebol maranhense levou o advogado Jorge Viveiros a sugerir uma atitude drástica como forma de pressionar os dirigentes locais: uma greve para que os torcedores não compareçam aos estádios. Segundo Viveiros é o torcedor que protocolou requerimento no Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA), solicitando que a procuradoria do órgão apure as hipotéticas irregularidades citadas pelo diretor-técnico da FMF, na matéria de 25 de janeiro de O IMPARCIAL. No requerimento ele também solicitou que fosse oferecida denúncia contra José Alberto de Moraes Rego.

A intenção dele com este movimento é atingir economicamente a Federação para que aconteçam mudanças radicais, principalmente no comando da entidade, através da pressão popular. “Se o torcedor não for aos estádios e a cada partida os clubes tiverem que pagar cada vez mais taxas, chegará um momento em que a situação ficará insustentável até a saída deles”, afirmou. “É difícil, porque há torcedores apaixonadas, mas chega uma hora em que você tem que deixar a paixão de lado e ficar com a razão”, completou.

Outra medida que será pensada pelo advogado é um novo pedido de apuração no Tribunal, caso a procuradoria do TJD opte por não oferecer denúncia contra diretor-técnico da FMF. O pedido seria parecido ao anterior, mas desta vez com as gravações dos programas de rádio. “Todo mundo sabe que há auditores que simpatizam com o presidente da Federação. Então se isso ocorrer, podemos sim dar prosseguimento. Minha intenção é resgatar o respeito ao torcedor maranhense”, finalizou.

Reportagem Lenno Edroaldo/O Imparcial

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