Medalhões não resolvem os problemas

Muito se fala que os clubes maranhenses poderiam trazer um “jogador bilheteria” para defender suas cores. Mas esta idéia é bastante defasada e dependendo pode ser uma baita cilada.

Para chegar a esta conclusão não precisamos ir muito longe, basta olhar o passado do Bacabal. O Leão do Mearim levou na década de 90 Andrade e Adílio, para defenderem o clube, mas ambos em final de carreira. Mesmo com dois grandes nomes, pois nessa época Andrade e Adílio já não eram mais bons jogadores, o Bec não conquistou nenhum título.

O último nome a aparecer por estas bandas foi o do tricampeão brasileiro Sortato. O atacante também defendeu o Bacabal, em 2008. A exemplo de Adílio e Andrade, o atacante não conquistou nenhum título pelo clube.

Se não bastasse estes argumentos, cito um caso bem atual. O experiente e consagrado Jardel, está no Flamengo-PI, mas não tem feito muita coisa por lá. O jogador contratado para levar o torcedor ao estádio, mal tem participado dos jogos do rubro negro.

Na sua partida de estréia, um amistoso contra o Sampaio, o atacante só atuou os primeiros 20 minutos e depois deixou o campo. O Sampaio venceu o jogo por 2 a 1. Outro fato curioso foi na Copa do Brasil.

Na primeira partida entre Flamengo-PI e Palmeiras, em Teresina, Jardel só entrou em campo aos 45 minutos do segundo tempo e mal jogou os dois minutos que esteve em campo. Na partida de volta, em São Paulo, o atacante iria entrar para o jogo, mas se lesionou durante o aquecimento e acabou ficando no banco.

São por estes motivos que a contratação de medalhões não é a solução para os clubes maranhenses. O que tem de mudar no estado é a forma como eles são administrados e o compromisso dos jogadores com a equipe, somente a partir desta mudança é que o futebol do Maranhão vai melhorar.