Pouco mais de um mês com a bola rolando pelo Campeonato Maranhense, já é possível acreditar que o certame desta temporada deverá ter uma das melhores médias de gols dos últimos anos. Apesar dos méritos dos atacantes, este feito tem uma maior responsabilidade das frágeis zagas do campeonato.
Em 28 jogos foram 109 gols marcados, uma média de 3,9 gols por jogo. Sem nenhuma dúvida esta é uma excelente marca para qualquer competição, entretanto este úmero reflete um problema crônico das equipes maranhenses: as zagas.
Nenhum time tem uma defesa que pode ser considerada uma muralha. Todos os participantes do Campeonato Maranhense já sofreram gols e as melhores defesas, de Iape e Mac, tem média de um gol sofrido por jogo, com cinco gols sofridos em cinco jogos. Além de apresentarem os melhores desempenhos defensivos da competição, esta dupla também possui os melhores ataques da competição, ambos com 19 gols marcados.
Mas um reflexo do desequilíbrio das equipes maranhenses é o Cordino. O time poderia estar ocupando a liderança, ou brigando para estar na ponta de cima da tabela, mas está ameaçado pelo rebaixamento. Isso porque, em sete jogos foram 21 gols sofridos, uma média de três por partida.
Ironicamente, a Onça de Barra do Corda tem o segundo melhor ataque da competição, com 16 gols marcados. Na maioria de seus jogos, o Cordino sai na frente e chega a abrir vantagens de dois ou três gols. Mas a defesa não consegue suportar a pressão adversária e acaba dando espaço para viradas épicas.
Outro exemplo de como as defesas maranhenses comprometem um jogo, é o Sampaio na Copa do Brasil. No jogo de ida, contra o Santo André, a equipe chegou a vencer por 3 a 0, resultado que praticamente colocava o Tricolor nas oitavas de final da competição. Mas a equipe sofreu dois gols, o que comprometeu a briga pela vaga.
Estes dois gols sofridos fizeram a diferença no jogo de volta. O Santo André marcou um gol em casa, se fechou e o Sampaio, que não conseguiu marcar acabou eliminado. Se não fossem os dois gols em São Luis, o Tricolor estaria nas oitavas de final da competição, onde enfrentaria o Palmeiras.
Ainda sobre as zagas deficientes um último olhar para o Nacional. A equipe de Santa Inês sofreu 31 gols em seis jogos. Trocando em miúdos, O Naça, que é lanterna do Campeonato Maranhense, sofreu aproximadamente 1/3 dos gols do certame. Além disso, levou as duas maiores goleadas no Estado, ao perder por 11 a 1 para o Iape, e por 8 a 0, para o Mac.
Mediante este cenário fica visível que os times maranhenses precisam reforçar suas linhas defensivas. Além de comprometer uma possível conquista estadual, isso pode prejudicar a equipe em competições como a Copa do Brasil e uma Série D ou C, como vem ocorrendo nos últimos anos.
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Para mim, Nacional e Bacabal deverão ser rebaixados. Torço para que o Cordino não caia, pois tem um time modesto, mas muito esforçado. O Moto, pra mim, ainda é uma incógnita. O time precisa se reforçar, principalmente na defesa e os problemas extra-campo não podem afetar a equipe senão a coisa desanda.
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